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Hard Skills? Soft Skills? Chegou a hora de falar sobre as Inner Skills

Inner Skills

Marcelo de Elias – @marcelodeelias

Talvez você já tenha ouvido falar nas Hard Skills e Soft Skills. Você já percebeu que muitas pessoas tentam desenvolver essas competências e nem sempre conseguem praticá-las? 

Tive contato com profissionais assim. São excelentes conhecedores de metodologias e ferramentas e muito bem qualificados em formações de primeira linha, mas com enormes dificuldades em relacionamento interpessoal e autocontrole emocional, entre outras habilidades sociocomportamentais.

Para minimizar as dificuldades, as empresas costumam patrocinar para esses colaboradores alguns programas de treinamento que envolvam trabalho em time, comunicação, inteligência emocional, entre outros temas relevantes para o desenvolvimento dos profissionais. Para parte deles isso é suficiente para despertar novas atitudes, mas, para tantos outros, parece que tais programas não surtem os resultados esperados.

A performance de um indivíduo desse tipo continua limitada e, por muitas vezes, a permanência dele na organização pode gerar outros problemas na equipe, no clima organizacional, na relação com a liderança e com o cliente.

A reflexão é: será que o problema não seria algo mais “interno”? Será que a dificuldade não seria intrapessoal? Estou me referindo às INNER SKILLS.

Você sabe a diferença delas para as demais?

As diferenças entre as Hard, Soft e Inner Skills

Existe uma intersecção entre os temas e isso pode gerar alguma dificuldade de compreensão e percepção das diferenças entre elas, entretanto, vale a pena buscar entender o que elas significam.

Hard Skills – Habilidades técnicas

As Hard Skills são as habilidades técnicas e tecnológicas, como o domínio de uma ferramenta ou o conhecimento sobre alguma metodologia específica

Dependem de conhecimentos específicos que são requeridos para desempenhar uma determinada profissão ou tarefa. Essas habilidades incluem habilidades de programação, idiomas, matemática, cálculo, design gráfico, leitura de desenhos técnicos, entre outras.

As Hard Skills são geralmente aprendidas através de capacitação formal, como escolas, cursos, treinamentos e também pela experiência profissional. São geralmente mensuráveis e verificáveis, por isso são mais fáceis de ser treinadas e avaliadas. Elas também são mais fáceis de serem avaliadas em um processo seletivo, se comparadas com as demais.

Essas habilidades são cruciais para o desempenho bem-sucedido no trabalho, pois fornecem as habilidades e conhecimentos necessários para realizar tarefas específicas e atingir objetivos profissionais.

É comum percebermos a necessidade delas em aplicações específicas e são frequentemente listadas em requisitos de trabalho, tornando-as um fator importante na seleção de candidatos para uma posição.

Soft Skills – Habilidades sociais e comportamentais

As Soft Skills são habilidades sociocomportamentais e típicas da interação dos profissionais com outras pessoas e com o entorno, como trabalhar em equipe ou empreender projetos em ambientes desafiadores.

Podemos entender ainda como um conjunto de habilidades interpessoais, comportamentais e de comunicação que permitem aos indivíduos se relacionarem de maneira eficaz com os outros, bem como desempenhar suas funções de maneira mais eficiente.

Elas incluem habilidades de comunicação, liderança, resolução de problemas, trabalho em equipe, flexibilidade, adaptabilidade e gestão do tempo.

Por serem bastante vinculadas ao relacionamento humano, alguns autores têm destacado um subgrupo delas e as vem chamando de Social Skills, que são as habilidades mais direcionadas na interação e comunicação com os outros. Na verdade, estas habilidades sociais estão contidas no grupo das Soft.

Ao contrário das Hard Skills, que se concentram nas habilidades técnicas e conhecimento específico de uma profissão, as Soft Skills são transversais e se aplicam a diversas situações e áreas profissionais. Elas são cada vez mais valorizadas pelas empresas, pois as habilidades interpessoais e comportamentais também são bastante importantes para a produtividade e a eficácia no trabalho.

As Soft Skills também são necessárias para o crescimento pessoal e profissional dos indivíduos, permitindo-lhes construir relações mais fortes, lidar de maneira mais eficaz com situações desafiadoras e alcançar seus objetivos de carreira.

Devido sua natural subjetividade, se comparada com as Hard Skills, elas são mais difíceis de serem aprendidas e desenvolvidas, já que dependem do desejo genuíno do aprendiz em perceber a importância delas e colocar em prática persistentemente.

Também são mais complexas de serem avaliadas e analisadas pois precisam de alguma convivência para serem observadas com mais precisão, uma conversa mais profunda para podermos percebê-las ou mesmo aplicar atividades dinâmicas, testes comportamentais e entrevistas por competências durante um processo seletivo.

Inner Skills – Habilidades internas

As Inner Skills são as habilidades interiores ou intrapessoais. Esse é um conceito ainda novo no Brasil, mas nesse mundo em que tudo muda tão rápido, será um assunto cada vez mais relevante no futuro próximo. As empresas estão percebendo a importância de desenvolver os seus profissionais enquanto indivíduos e não apenas enquanto um conjunto de pessoas.

Alguns autores já usaram algumas terminologias que se assemelham com as Inner Skills em alguns aspectos, como, por exemplo, “Superior Skills”, “Deep Skills” e “Shuttle Skills”. Todas essas nomenclaturas direcionam para as questões mais transcendentes ou profundas, capazes de irem além das visões tradicionais das habilidades aplicáveis ao mundo do trabalho.

Enquanto as Hard Skills fornecem habilidades técnicas e conhecimentos específicos requeridos para realizar tarefas e as Soft Skills ajudam a lidar com as pessoas e os desafios exteriores específicos em que somos confrontados, as Inner Skills representam uma compreensão aprofundada de nosso mundo interior, ou seja, nossa mentalidade, crenças, práticas pessoais e visão de mundo.

As Inner Skills são habilidades internas que dizem respeito ao nosso autoconhecimento, autocontrole e capacidade de gerenciar as emoções e comportamentos. São importantes porque afetam diretamente nossa vida pessoal e profissional, influenciando a capacidade de alcançar os objetivos, lidar com o estresse e construir relacionamentos positivos.

Provavelmente você encontrará sintonia entre essas habilidades e outros conceitos já conhecidos. Há quem perceba semelhança com algumas virtudes humanas, com as forças de caráter da psicologia positiva, com abordagens da espiritualidade ou outras correntes que visam o desenvolvimento de dentro para fora. Está correto quem pensar assim.

É verdadeiro que nem tudo é novidade, pois sempre foi e continuará sendo necessário olhar para dentro de si. Autoconhecimento e reflexões pessoais sobre propósito de vida e legado devem ser estimuladas para nos tornamos pessoas melhores. Entretanto, como um assunto das empresas e como ingrediente para a carreira, ainda é algo em expansão.

A novidade talvez seja essa: as pessoas estão considerando essas condutas, princípios, valores e práticas como elementos fortalecedores para o ambiente corporativo?

As Inner Skills têm se demonstrado, aos poucos, como um assunto relevante para o mundo dos negócios. Muitas empresas e profissionais estão percebendo que é a partir delas que conseguimos impulsionar muitas outras, especialmente as Soft Skills e até mesmo algumas Hard Skills. Não duvido que, em breve, sejam reconhecidas como habilidades de negócio para as empresas mais bem-informadas sobre as mudanças nas relações com os colaboradores e orientadas para as pessoas.

Mesmo sendo algo interessante para as empresas, as Inner Skills dependem de nós mesmos para serem desenvolvidas. Elas servem de alicerce para outras pois quando estamos bem com nós mesmos, conseguimos lidar melhor com o outro e com as situações que acontecem ao nosso redor.

Desenvolver nossas Inner Skills costuma ser um processo longo e desafiador, mas o benefício é imensurável.  O importante é reconhecer a importância dessas habilidades e estar disposto a investir tempo e esforço em nosso próprio. Para facilitar a compreensão dos três tipos de habilidades, preparei um quadro comparativo.

Quadro comparativo entre as Hard, Soft e Inner Skills – Marcelo de Elias (todos os direitos reservados. A utilização é autorizada se citada o autor e a fonte)

É inevitável associar as Inner Skills com as Soft Skills. Historicamente, as Soft Skills são definidas como um conjunto de  competências comportamentais e sociais. Elas são, por muitas vezes, subjetivas.

Daí surge a dificuldade de entender a diferença entre elas e as Inner Skills que são ainda mais subjetivas e abstratas. Além da diferença ser muito sutil, na absoluta maioria das vezes as habilidades internas interagem diretamente com as Soft Skills e, especialmente, com as Social Skills.

A figura abaixo dá alguns exemplos dessas habilidades e dá sinais de como elas interagem.

Alguns exemplos e possíveis definições das Hard, Soft e Inner Skills – Marcelo de Elias (todos os direitos reservados. A utilização é autorizada se citada o autor e a fonte)

Existe uma intersecção entre as Soft Skills e as Inner Skills, principalmente porque, até então, as empresas não falavam frequentemente dessas competências interiores. “Tudo o que não é Hard Skill é Soft Skill” – essa é a visão tradicional e já consolidada. Aqui eu proponho uma nova forma de ver.

Muitas habilidades prioritariamente internas sempre foram classificadas entre as habilidades sociocomportamentais, como persistência, resiliência, entusiasmo e coragem. Entendo que não é importante tentar rotular ou classificar essas competências, buscando segregar quais seriam aplicáveis em cada grupo conceitual.

Não vejo como relevante, por exemplo, discutir se “paciência” é uma habilidade intrapessoal ou interpessoal. Na verdade, ela se encaixa nas duas classificações, pois, apesar da paciência ser uma virtude intrínseca aos humanos, ela precisa do contexto exterior para ser exercida e exercitada, especialmente na relação com os outros. Ela pode ser entendida como Soft e Inner ao mesmo tempo.

Para mim, a discussão não é sobre julgar e revisar cada uma das Soft Skills para decidir como elas deveriam ser nominadas, mas sim, buscar entender se as principais habilidades desejadas nos profissionais não seriam mais bem desempenhadas se, antes, não forem desenvolvidas algumas condições interiores.

Não se trata de criar um tribunal de reclassificação das Skills.

O mais importante e o que devemos focar é que as Inner Skills servem de alicerce para as outras habilidades por meio da espiritualidade, interioridade, propósito, inspiração, autoconhecimento e consciência. Envolve compreender e gerir aspectos altamente íntimos para desenvolver novas habilidades, valores pessoais e virtudes que resultarão em competências aprimoradas.

Elas são potencializadoras das demais e até delas mesmas, dependendo do caso.

Ao chegar aqui é provável que você já entendeu o que são as habilidades interiores, mas, considerando que você talvez ainda deseje saber mais, convido você a aprofundar mais um pouco.

Enfim, o que são as Inner Skills?

Para ajudar a definir as Inner Skills, gosto de conceituá-las da seguinte forma:

“As Inner Skills são habilidades que servem como vetores de potencialização para outras habilidades e que dependem intrinsecamente de cada pessoa. Elas podem interagir com o ambiente exterior e com outros indivíduos, mas, em última instância, não dependem desses fatores para sua existência. Relacionam-se com a maneira que interpretamos, atuamos e administramos os nossos eventos internos a partir da consciência, propósito e visão”  –  Marcelo de Elias, 2021.

Posso complementar essa definição com outros pontos que devem ser considerados:

  • Elas dependem da autoconsciência e controle de suas ações, independentemente de encontrarem os fatores externos favoráveis à sua prática;
  • Servem de alicerce sobre o qual se constrói os relacionamentos interpessoais;
  • Dependem de nosso autodomínio e se apoiam na interpretação favorável dos acontecimentos a partir do uso mais efetivo de nossas mentes;
  • São possíveis de serem praticadas mesmo que estejamos sozinhos, já que não dependem da interação com fatores extrínsecos para sua existência;
  • São mais complexas de serem compreendidas e analisadas, pois, para a maioria de nós, falta educação intrapessoal e não costumamos usar nossa consciência para observar nossos eventos intrapessoais e interpessoais;
  • Podem ser desenvolvidas por todos pois o cérebro humano é neuroplástico, porém, vão requerer esforço adicional, já que várias crenças pessoais precisarão ser confrontadas;
  • São a fonte primária do caráter e não apenas da personalidade ou imagem que buscamos demonstrar;
  • São atitudes que farão com que estejamos mais motivados para desenvolver as Hard e Soft skills.
  • Têm o potencial de impulsionar as Soft Skills e podem contribuir para a prática aprimorada de algumas Hard Skills;
  • Podem ser encontradas na tríade entre “coração, espírito e mente”.
A tríade das Inner Skills – Marcelo de Elias (todos os direitos reservados. A utilização é autorizada se citada o autor e a fonte)

Inner Skills e o momento empresarial. Por elas são importantes?

Existe uma abreviatura para explicar os cenários em que interagimos. Os americanos dizem que o mundo é VUCA (em inglês) ou VICA (em português).

O exército americano já usava o termo VUCA para descrever a volatilidade (volatility), a incerteza (uncertainty), a complexidade (complexity) e a ambiguidade (ambiguity) nas diversas situações e contextos de guerra. O uso militar dessa sigla começou no final dos anos 90 para tratar das ferramentas e métodos necessários para fazer frente a um ambiente extremamente agressivo e desafiador.

O uso no mundo dos negócios é mais recente. Começou a ser usado a partir de 2010, mas não difere do pensamento militar, afinal, o ambiente empresarial na atualidade também é agressivo, desafiador, competitivo e intenso.

Os tempos evoluíram e, atualmente, muitos dizem que o mundo é BANI.

O termo foi apresentado pelo antropólogo Jamais Cascio, professor e futurista da Califórnia. O acrônimo foi criado em 2018 (antes da pandemia), mas, os impactos da COVID fizeram com que o BANI fizesse ainda mais sentido.

BANI (ou FANI em português) é a ideia de que o mundo de hoje é frágil (brittle), ansioso (anxious), não-linear (nonlinear) e incompreensível (incomprehensible).

Há quem diga que o mundo deixou de ser VUCA e passou a ser BANI em função da pandemia. Não creio que seja assim, afinal, penso que o BANI é uma evolução do VUCA, mas, não necessariamente, as coisas deixaram de ser Voláteis, Incertas, Complexas e Ambíguas. É tudo ao mesmo tempo.

Podemos entender que, em cenários ainda mais acelerados e disruptivos, a volatilidade se potencializou e vem gerando fragilidade. As incertezas tendem a proporcionar muita ansiedade. Situações de muita complexidade vão nos trazer a não-linearidade, e se algo era ambíguo, hoje temos coisas muitos mais incompreensíveis.

Vamos somar a esse cenário um fenômeno que vem acontecendo em todo mundo, a Great Resignation ou a Grande Renúncia. Muitos tem chamado por aqui em no nosso país de a “Grande Debandada”.

Passado o momento que foi considerado como o mais crítico da pandemia de Covid-19, é nesse panorama que surgiu um movimento conhecido como Great Resignation (também chamado de Big Quit ou Great Reshuffle). Trata-se de uma onda de pedidos de demissão nos Estados Unidos, Europa, China e, aos poucos, no Brasil.

Esse fenômeno mostra o quanto a relação com o trabalho mudou. Atualmente, grande parte das pessoas vem repensando suas atividades e carreiras e, para tantos, a conclusão é de que estão perdendo tempo e vida em seus trabalhos. Daí uma enxurrada de pedidos de demissão.

Outra palavra que tem se tornado bastante comum é “Quiet Quitting”. Essa é uma expressão cunhada por Robin Sharma, autor e consultor americano. Esse é o processo de deixar de fazer coisas que são consideradas como não-importantes ou que não agregam valor à nossa vida, a fim de nos concentrarmos em prioridades mais significativas.

Originalmente, é um conceito semelhante ao “desapego” ou “minimalismo”, mas com ênfase na importância de deixarmos de lado atividades que não nos servem para alcançarmos a realização pessoal.

Mas nem tudo é tão maravilhoso assim. O conceito foi mudando com tempo. Essa conduta tem levado alguns profissionais a fazerem algum tipo de “corpo mole” no trabalho, ou seja, tenham comportamentos lenientes com alguma falta de rigor ou dedicação em suas tarefas ou responsabilidades.

É mais fácil evitar problemas relacionados ao “Quiet Quitting” se aprimorarmos nossa resiliência, autocontrole e autoconfiança. Também teremos melhores resultados se tivermos clareza de nossos propósitos e automotivação. Veja que estamos falando de habilidades interiores.

Outro assunto relevante é a saúde mental, que tornou um imperativo e foco de ação para as boas empresas. A Organização Mundial da Saúde afirma que cada dólar investido na segurança psicológica dos colaboradores resulta em retorno de quatro dólares em produtividade e capacidade laboral.

Como a ansiedade, a depressão e o burnout atingem níveis recordes, a saúde mental no ambiente de trabalho se torna uma vantagem competitiva para atrair, reter e engajar talentos.

De acordo com o blog da Flash Benefícios, em uma publicação de janeiro de 2023, estudos indicam que os profissionais preferem trabalhar para empresas que demonstram preocupação com seu bem-estar emocional, além da produtividade.

De acordo com a pesquisa “Global Learner Survey” da Pearson, uma importante empresa britânica de educação, 92% dos brasileiros consideram as empresas que oferecem suporte à saúde mental como mais atraentes nos processos seletivos. Já um estudo da Oracle, a gigante em gerenciamento de dados, mostra que 84% dos funcionários brasileiros acreditam que suas empresas precisam fazer mais para proteger a saúde mental no trabalho.

Programas de saúde mental corporativos podem prevenir e reduzir casos de doenças relacionadas ao trabalho, como a síndrome de Burnout, desequilíbrio emocional e ansiedade.

Considerando tudo isso, devemos refletir:  que tipos de habilidades ou competências são necessárias para uma realidade que é VUCA/BANI e mais um monte de coisas? Será que apenas Soft Skills tradicionais (habilidades sociocomportamentais) e Hard Skills (habilidades técnicas e tecnológicas) são suficientes para dar conta dos desafios atuais?

Não! Outros elementos entram nesse jogo e, considerando essa realidade, reconhecemos que são importantes as Inner Skills. Posso afirmar que essas habilidades são uma espécie de antídoto para a realidade em que vivemos e estarão entre as competências mais importantes para o futuro dos negócios.

Mas, se o mundo é relacional, faz sentido focar nas Inner Skills? Vamos entender.

Por que dar a atenção para as Inner Skills se estamos em um ambiente social?

É fácil perceber a importância das habilidades intrapessoais quando entendemos que elas servem como canal de ampliação de nossas habilidades profissionais. As Inner Skills nos dão mais condições de lidar e liderar os processos do nosso domínio interno.

Essa autoliderança dá condições de minimizarmos os distúrbios e desajustes internos que, se não forem bem administrados, facilmente perturbariam nossa produtividade e a busca de resultados na vida e no trabalho, como, por exemplo, a falta de atenção e foco, reatividade negativa aos eventos externos, falta de percepção, preocupação excessiva, construção de narrativas mentais negativas, entre outros limitadores de performance.

Um exemplo disso é um profissional que é expert em tecnologia da informação. Talvez sua performance fique prejudicada, não apenas pela ausência de conhecimentos tecnológicos, mas pela falta de concentração para focar naquilo que precisa ser feito.

A mesma coisa acontece com o profissional que tem dificuldade de trabalhar em equipe, de receber ou dar feedback, de liderar pessoas ou de manter um ambiente equilibrado. É provável que faltem alguns elementos intrínsecos como autoconhecimento, percepção, consciência, entre outros. Essas são algumas Inner Skills.

Podemos afirmar que o verdadeiro potencial das habilidades intrapessoais se expandirá quando exercitarmos e compreendemos nossa autoliderança e maestria pessoal.

A psiquiatra inglesa Helena Lass em seu artigo científico chamado, em tradução livre, de “Desenvolvendo habilidades intrapessoais como uma forma proativa de sustentabilidade” explica que “na realidade, todos os humanos possuem um reino interno e vivem eventos intrapessoais diários, como sentir emoções, aprender, pensar, planejar, focar a atenção, ter a capacidade de investigar e obter um insight. Nesse contexto, as habilidades intrapessoais se tornam nossos superpoderes para direcionar as mais diferentes ações. Quando somos os mestres de nosso domínio interno, temos a liberdade de estar bem e trabalhar bem, independente do entorno em que estamos inseridos”.

Em suma, suas habilidades intrapessoais e interpessoais estão profundamente conectadas. Ambas têm forte contribuição para sua inteligência emocional e sua capacidade de comunicar suas necessidades, objetivos e ideias eficazmente para outras pessoas.

Sabemos que suas habilidades sociais são vitais para o trabalho em equipe, colaboração, liderança e influência, mas você não pode extrair a maior potencialidade dessas qualidades até desenvolver boas habilidades intrapessoais.

O desenvolvimento desse autodomínio impactará positivamente as outras habilidades, como mostra a figura abaixo.

A relação de impacto entre as Skills e a geração de resultados – Marcelo de Elias (todos os direitos reservados. A utilização é autorizada se citada o autor e a fonte)

Stephen Covey, reconhecido escritor americano, afirma que existem duas maneiras principais de tornar as coisas melhores em sua vida: a primeira delas, e bastante difícil, depende de você buscar melhorar o mundo exterior, suas circunstâncias, seu ambiente e sua empresa. Apesar de não ser impossível, esse caminho é dificultado pelo fato de, nem sempre, esses fatores externos dependerem exclusivamente de nós.

A segunda maneira é buscar melhorar seu mundo interior. Covey chama de Círculo de Influência esse conjunto de ações que dependem exclusivamente de nossa iniciativa e proatividade. Foi ele quem escreveu no seu livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” que “sempre que achamos que o problema está lá fora, este pensamento em si é o problema. Damos ao que está lá fora o poder de nos controlar”.

Os dois mundos, exterior e interior, são importantes, mas é fácil perceber que tentar mudar o mundo exterior tem certos problemas, pois seu poder é limitado. Muitas vezes é difícil transformar as situações ou as pessoas em sua volta.

Por outro lado, melhorar o seu mundo interior não tem essa desvantagem. Você tem uma enorme influência sobre seus pensamentos, sentimentos, desejos e reações, mas não sobre esses mesmos fatores em outras pessoas.

Isso significa que devemos ignorar o exterior ou resignar-se em relação ao que não depende de nós? Não! Significa apenas que, quando estamos intrinsecamente fortalecidos, teremos mais condições de influenciar o ambiente e agir como um agente de mudanças nas pessoas e nos contextos em que estamos inseridos.

O site Wisebrain listou algumas vantagens em desenvolver as Inner Skills, mas a lista poderia ser muito maior. A tradução abaixo é livre e respeita as ideias originais:

  • Deixar de lado experiências dolorosas;
  • Absorver os pensamentos positivos e construtivos;
  • Desafiar os pensamentos que o fazem sofrer;
  • Abrir a sua mente para novas ideias;
  • Autoconhecer-se e desenvolver-se para ser cada vez melhor.

Vale uma explicação complementar ao que foi exposto acima. Apesar de alguns itens darem a impressão de que devemos ter resignação ou conformar-nos com as adversidades, na verdade, a ideia não é essa. O texto original se refere aos sentimentos positivos em aprender com as dificuldades e em ser capaz de construir um futuro que não seja projetado negativamente pelas experiências difíceis do passado. As vantagens acima são orientadas para atitudes de resiliência e de positividade.

Os grupos de habilidades que formam os 5 tipos de Inner Skills

Em nossas pesquisas percebemos que existem várias Inner Skills. Algumas delas são perceptivelmente diferentes entre si e outras tem tantas semelhanças que as definições parecem sinônimas, apesar de algumas diferenciações muito sutis.

Entretanto, analisando dezenas delas, observamos em nossas pesquisas que as Inner Skills podem ser agrupadas e classificadas em 5 tipos diferentes e eu as classifiquei da seguinte forma:

Habilidades internas do “olhar para dentro”

São as Inner Skills que ajudam a aprimorar nossa vida interior, desenvolver e aprofundar o relacionamento com nossos pensamentos, sentimentos, sensações e condição física, contribuindo para que estejamos presentes genuinamente e intencionalmente, gerando mais protagonismo e proporcionando melhores resultados.

Ao desenvolver e aprimorar esse grupo de habilidades internas, aperfeiçoamos nossa capacidade de conexão com nós mesmos.

Exemplos: atenção plena, autoconhecimento, autocuidado, consciência corporal e controle da ansiedade.

Habilidades internas “operativas”

Trata-se do grupo composto de Inner Skills que geram resultados mais pragmáticos e operacionais, proporcionando a realização de objetivos específicos, a ampliação da eficiência, da qualidade das tarefas e da produtividade pessoal.

Exemplos: concentração, priorização, senso estético e organização pessoal.

Habilidades internas “motivacionais”

São as Inner skills que impulsionam a motivação, a atitude positiva, a confiança nas possibilidades e a determinação para resultados, objetivando comportamentos persistentes e resilientes em cenários desafiadores, complexos e incertos.

Exemplos: automotivação, coragem, disciplina e senso de propósito.

Habilidades internas “avaliativas e cognitivas”

É o conjunto de Inner Skills formado por habilidades cognitivas que nos ajudam a adotar diferentes perspectivas, avaliando informações, analisando causas, revisando criticamente e encontrando sentido. Essas Inner Skills ampliam a acuracidade do julgamento e da tomada de decisão, adquirindo o verdadeiro arbítrio e questionando padrões.

Exemplos: consciência, pensamento complexo e percepção de nexo, mentalidade de crescimento e pensamento crítico.

Habilidades internas do “olhar para fora”

Esse grupo frequentemente é o que mais gera dificuldade de diferenciação das Soft Skills, especialmente aquelas que pertencem às chamadas Social Skills.

A confusão acontece porque essas habilidades internas são as Inner Skills que impulsionam nossas habilidades sociais e relacionais, dando a nós as condições de apreciar, cuidar e sentirmo-nos conectados aos outros.

Observe que, apesar do impacto no relacionamento com o outro, tudo começa com uma forma íntima e pessoal de interpretar essas relações. Por exemplo, se eu não tiver empatia (que é algo de meu domínio interno e depende das minhas crenças sobre como devo compreender o outro, ou seja, uma Inner Skill) e não vou conseguir praticar alguns comportamentos empáticos nas relações interpessoais com minha equipe de trabalho (que é um comportamento corretamente classificado como Soft Skill).

Isso quer dizer que, se olharmos apenas a palavra “empatia”, sem entender o contexto em que ela se apresenta, podemos concluir que ela é Soft e também Inner Skill.

Esse tipo de Inner Skill dá condições de minimizarmos os distúrbios e desajustes internos que prejudicam nossas relações com as pessoas. Possibilita a geração e manutenção da confiança através da compreensão de perspectivas divergentes com uso da gentileza, empatia, inclusão, sinergia e compaixão.

A heteropercepção, que é a percepção que temos de outras pessoas ou a que outras pessoas têm sobre nós, pode ser muito influenciada pelas crenças individuais, vieses inconscientes, formas de ver as coisas, julgamentos, estereótipos e outros fatores pessoais.

O desenvolvimento desse grupo de habilidades interiores amplia a capacidade de se conectar e estabelecer relações mais saudáveis ​​e significativas com os outros.

Exemplos: compaixão, empatia, percepção imparcial e perdão.

Não é simples e talvez nem seja tão necessário tentar enquadrar cada Inner Skills em uma dessas 5 categorias. Elas funcionam em conjunto e são bastante complementares dentro de cada tipologia.

Para exemplificar, vamos considerar quatro Inner Skills que conceitualmente são ligeiramente diferentes: automotivação, entusiasmo, força de vontade e paixão. Não é difícil reconhecer que essas se enquadram entre as “habilidades internas motivacionais”, mas, sabendo que as diferenças entre elas são sutis, tentar diferenciá-las não tem finalidade prática para as questões empresariais, salvo em alguns casos da necessidade de aprofundamento para poder sanar eventuais necessidades de desenvolvimento.

A diferenciação é algo mais didático e técnico, e prender-se a isso, mesmo sendo interessante conceitualmente para quem deseja aprofundar-se, pode gerar mais dúvidas e confusões na hora de pensar em possíveis ações de estímulo, aprendizado e práticas.

Nesse caso, para fins práticos, cabe saber que existem 5 grupos ou tipos e, cada tipo, pode requerer ações específicas para o desenvolvimento e, quando aprimoramos alguma Inner Skill dentro dessa categoria, outras que fazem parte do mesmo grupo, também poderão sem impulsionadas.

Considerando o exemplo, não tenho dúvidas de que, se buscarmos desenvolver nossa automotivação, é muito provável que também daremos uma força extra para nosso entusiasmo, força de vontade e paixão. Elas andam juntas.

Quer dizer que não vale a pena conhecer, em mais detalhes, algumas possíveis Inner Skills? Não é bem isso. Se sua necessidade é mais específica ou deseja aprofundar-se no assunto, vale muito a pena.

Como as empresas e os RHs podem estimular o desenvolvimento das Inner Skills nos colaboradores

Antes de qualquer outra coisa, a grande dúvida que muitas pessoas têm é a seguinte: as Inner Skills podem ser desenvolvidas? A resposta é sim!

Sabemos que grande parte delas são características pessoais que podem estar presentes naturalmente nos colaboradores, seja pelos traços temperamentais, personalidade, valores e crenças pessoais.

Sendo assim, para aqueles que já possuem aptidão natural é mais fácil conseguir bons resultados com elas. Para outros, exigirá muito mais esforço e dedicação para, ainda assim, alcançar resultados medianos.

Isso não deve ser impeditivo ou justificativa para não buscar o aprimoramento dessas habilidades internas, considerando que o mundo corporativo atual, com tantas Hard e Soft Skills em pleno desenvolvimento, tem padecido justamente das Inner Skills.

Quando conseguimos algum avanço, mesmo que pequeno, nas condutas ainda pouco exploradas, isso gerará um aprimoramento de performance significativo. O impacto é exponencial.

Como o nome já diz, as Inner Skills são “habilidades interiores”, e, sendo assim, não é fácil para uma empresa desenvolver essas habilidades nas pessoas porque, como todas as demandas intrapessoais, dependem delas mesmas.

Ao analisar as práticas de várias empresas, percebi que, mesmo não existindo uma fórmula única para tais desenvolvimentos, entendi que não serão ações coletivas que irão impactar todas as pessoas da mesma maneira e ao mesmo tempo, mas alguns programas que visam o crescimento intrapessoal podem sim estimular o aperfeiçoamento das Inner Skills, mesmo que sejam aplicados em grupos.

Não é por acaso que algumas s empresas têm promovido práticas positivas, na maioria das vezes coletivas, que podem impactar individualmente as pessoas.

É provável que, em alguns casos, tal desenvolvimento requererá ações individualizadas e acompanhamento personalizado por parte das organizações. São como se fossem PDIs (Planos de Desenvolvimento Individuais) com “foco no interno”, visando o aprendizado e as práticas orientadas para a evolução dessas habilidades.

A atenção à saúde mental dos funcionários, à qualidade de vida, à segurança psicológica, e ao projeto de vida dos colaboradores tem sido foco crescente em boas corporações.

Algumas empresas possuem interessantes programas de mindfulness, psicologia positiva, espiritualidade, propósito pessoal, autoconhecimento, saúde física e mental, autocuidado e estímulo às práticas, dentro ou fora delas, como yoga, meditação, sessões de escuta, atividades de consciência corporal e terapias individuais e em grupo.

Já são várias as instituições que promovem acompanhamento psicológico e outras práticas terapêuticas a fim de garantir o bem-estar emocional e o autoconhecimento de seus colaboradores. Muitas delas têm relatado os bons resultados colhidos com essas atividades, especialmente na produtividade das pessoas, engajamento e retenção de talentos.

Bons exemplos são da Vivo, Google, 3M, Votorantim, L´Oréal, Danone e Unilever.

A Ambev, por exemplo, também se destaca quando o assunto é gerar possibilidades de fortalecimento de algumas habilidades interiores, em especial, aquelas relacionada à segurança psicológica e equilíbrio emocional.

A empresa instituiu desde 2020 uma Diretoria de Saúde Mental, com um plano baseado em 5 pilares: quebra do estigma, conscientização, cuidado, prevenção e promoção do bem-estar. O objetivo é assegurar ambientes de segurança psicológica.

O programa “Ciclo de Gente” é uma avaliação de desempenho que visa equilibrar e harmonizar os colaboradores para melhores resultados através do desenvolvimento de suas mentalidades. Ela também oferece treinamentos para liderança e equipe de RH sobre a importância da saúde mental das pessoas.

E tem mais, a empresa oferece inscrições no grupo de apoio CARE (Cuidado, Autoconhecimento, Respeito e Escuta Ativa) que é conduzido por colaboradores selecionados e qualificados pelo Instituto Albert Einstein.

Pesquisando sobre as boas práticas empresariais, creio que a maior contribuição das organizações é incentivar seus colaboradores para a busca do autodesenvolvimento, evidenciando, através dos mecanismos internos de comunicação, conscientização, ações das lideranças e educação corporativa, a necessidade da atenção às Inner Skills para a performance profissional.

Como percebe, além disso, cabe às empresas e suas equipes de Recursos Humanos repensem suas metodologias de gestão do desempenho, avaliação, feedback e desenvolvimento individual a fim de que contemplem componentes intrapessoais.

Não pense que será fácil, ou mesmo possível, criar uma avaliação de desempenho que meça a intensidade das Inner Skills ou que mensure o ROI das atividades que visam esse aprimoramento. Saiba que a face tangível das Inner Skills são as Soft Skills, e, talvez, algumas Hard Skills.

Para saber o quanto as Inner Skills podem impactar na performance dos negócios e das equipes, a avaliação é subjetiva. Busque mensurar e avaliar as competências sociocomportamentais (Soft Skills) nos colaboradores e converse com as pessoas que se destacam positivamente e negativamente. Tente compreender as razões de seus desempenhos.

Ao aprofundar nos “porquês” daqueles comportamentos, é provável que você perceba que alguns grupos de Inner Skills estarão agindo quase que silenciosamente, mas, com forte impacto nos resultados.

Mas a mais básica, porém importante contribuição das empresas, é conscientizar sobre a relevâncias das habilidades interiores e proporcionar ações de “autodesenvolvimento interior” para que os colaboradores possam participar por adesão e interesse próprios.

Apesar de não existir um conjunto de ações que funcionem como um passo-a-passo e que seja infalível para todos os casos, existem algumas ideias que as empresas podem considerar ao desenvolver as Inner Skills em seus colaboradores:

  • Oferecer treinamentos e programas de desenvolvimento pessoal como workshops, palestras e mentorias com foco em temas relevantes como autoconhecimento, autoconfiança, resiliência e autoliderança.
  • Implantar programas específicos que apoiem e ajudem as pessoas a aprimorarem da saúde mental, do bem-estar e da espiritualidade, como terapias, atividades físicas, ações voluntárias, entre outras.
  • Criar espaços de diálogo e feedback para que os colaboradores possam compartilhar suas habilidades, desafios, pontos de vistas e visão de mundo, como, por exemplo, as rodas de conversas e ouvidorias.
  • Fomentar a prática de meditação, mindfulness, yoga, relaxamento, consciência corporal, qualidade de vida ou outras técnicas de bem-estar físico e mental.
  • Oferecer programas de apadrinhamento interno e mentorias, nos quais os colaboradores podem aprender e conversar com outros profissionais mais experientes que se destacam em algumas habilidades interiores.
  • Encorajar os colaboradores a experimentarem novos desafios e aprenderem habilidades complementares ou mesmo divergentes, como palestrar, fazer apresentações ou tomar a iniciativa em novos projetos. Isso poderá desenvolver as Hard, Soft e Inner Skills.
  • Estimular a participação em projetos e iniciativas sociais, visando desenvolver habilidades como compaixão, senso de empatia e senso de responsabilidade.
  • Oferecer feedback e feedforward construtivos e oportunidades de autorreflexão, ajudando a promover a autoconscientização e o autoconhecimento.

Entre outras ações.

Como desenvolver as Inner Skills em você?

Além disso, deixo mais algumas ideias para contribuir com o desenvolvimento autônomo de suas  habilidades interiores:

Qual a sua missão?

Pergunte a si mesmo o porquê você existe e encontre sua resposta. Quando conclui qual é o seu propósito no mundo, você consegue ter mais clareza sobre as habilidades interpessoais que já tem e outras que terá que desenvolver para cumprir sua missão.

Abertura ao feedback

Quando está aberto legitimamente a entender o que o outro tem a dizer sobre você, fica mais fácil perceber o que precisa desenvolver em si. É preciso fazer isso sem armaduras ou barreiras. Você perceberá que o que precisará ser desenvolvido provavelmente será uma Inner Skill.

Cuidado com o passado

Muitas vezes não desenvolvemos habilidades interiores porque nos resguardamos por conta de situações do passado que não foram positivas. Assim, passamos a nos preservar mais, evitando relacionar-se com os outros e autoperceber o pleno potencial. O seu passado é uma referência muito importante para desenvolver suas Inner Skills, mas cuidado para que ele não o limite de tentar novas abordagens por medo, insegurança e apego às velhas certezas.

Meditação e mindfulness

Praticar meditação e outras atividades de mindfulness trazem muito mais consciência física, corporal, mental e espiritual. Acredito que esse é um ótimo caminho para você colocar-se em sua própria presença e conseguir mais concentração para o seu dia a dia, além de mais consciência, autoconsciência e percepção das oportunidades.

Seja seu melhor amigo

Isso vai além de ter autoestima ou valorizar suas potencialidades. Os amigos de verdade te elogiam e incentivam, mas também cobram e fiscalizam. Aprenda a ouvir a sua voz interior! Saiba corrigir-se e fiscalizar-se. Quer uma dica? Faça sempre um exame de consciência antes de dormir, assim você saberá onde precisa evoluir. E, claro, não deixe de celebrar suas conquistas.

Para encerrar nossa reflexão

As Inner Skills são a chave para o sucesso verdadeiro e duradouro em nossas vidas, carreiras e empreendimento. Elas nos permitem controlar nossas emoções, conduzir nossos pensamentos e atenção, alcançar nossos objetivos, construir relacionamentos saudáveis e encontrar a felicidade interna.

Não há limite para o que podemos alcançar quando investimos em nós mesmos, desenvolvendo nossas habilidades interiores. Sejamos fortes, corajosos e determinados em nossa jornada. Deixemos de lado o medo e a insegurança, e confiemos em nossas Inner Skills para nos guiar ao longo do caminho.

Sejamos verdadeiramente nós mesmos e alcancemos nossos sonhos. Vamos construir um futuro melhor, começando por dentro.

Marcelo de Elias – Pioneiro no Brasil sobre Inner Skills

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Livro digital “O Essencial sobre as Inner Skills”

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Marcelo de Elias é mestre em inovação e design. Conteudista especialista em mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança.