Eu sempre fui desorganizado. Na verdade, acho que ainda sou um pouco. Mas a minha desorganização não era tanto sobre deixar as coisas jogadas por todos os cantos, mas sim, sobre as prioridades e como colocar em ordem as minhas principais tarefas e projetos.
Logo que o dia começava, eu desejava ser bastante produtivo, mas, na primeira hora de trabalho eu já estava perdido, sem saber o que priorizar, perdendo o foco e deixando que as interrupções mudassem todo meu planejamento.
Percebi que uma habilidade que eu precisava desenvolver era essa: Gestão do Tempo. Eu sabia que, para crescer na carreira, eu deveria desenvolver algumas “skills” e, a dificuldade em ter produtividade pessoal era a uma das coisas que mais me prejudicava.
Ah! Skill é um termo que muita gente usa no mundo todo para falar sobre “habilidades profissionais”.
Você também já parou para pensar sobre quais habilidades profissionais, ou skills, você precisa desenvolver? Eu fiz isso e resolvi agir para mudar. Decidi fazer um curso sobre gestão do tempo e produtividade pessoal.
Fiz o treinamento e foi muito bom. Aprendi coisas que realmente eu não sabia, inclusive, a usar melhor alguns recursos tecnológicos para organizar minhas atividades e tarefas. Lembro que o curso me ensinou a fazer uma planilha no Excel para organizar a semana de trabalho e avaliar o que deveria ser prioritário. Saí do curso bastante animado e com várias reflexões e conhecimentos para me ajudar.
Meu sentimento é que realmente tinha valido a pena dedicar tempo e dinheiro naquele treinamento que me ajudaria a ser mais produtivo e, consequentemente, um profissional melhor.
Logo na primeira semana após o curso, por várias vezes, eu busquei colocar em prática aquilo que eu havia aprendido e, sabe o que aconteceu? Não adiantou em quase nada! Tentei mais algumas vezes até quase desistir de tentar desenvolver essa habilidade.
Mas eu não deveria fazer isso! Como um profissional que quer aprender mais e ser melhor, eu sabia que fazer uma boa gestão do tempo era essencial para meus resultados.
Me deixe tentar ajudar você a entender alguns tipos de habilidades profissionais e que muita gente fala no mundo empresarial, pois, apesar de muito conhecidas para tantos, podem ser novidade para outros.
Lembra que eu disse que no meu curso eu aprendi a fazer uma planilha de Excel? Os conhecimentos sobre tecnologia são ótimos exemplos do que chamamos de Hard Skills.
As Hard Skills são as habilidades técnicas e tecnológicas, como o domínio de uma ferramenta ou o conhecimento sobre alguma metodologia específica. Falar um idioma, saber programar um computador, operar um caixa ou saber escrever bem um texto publicitário são exemplos dessas habilidades.
Existem também as Soft Skills. No meu caso, posso dizer que saber priorizar as tarefas, fazer uma boa gestão do tempo e até mesmo saber dizer “não” para as coisas que nos interrompem, são bons exemplos dessas habilidades.
As Soft Skills são habilidades sociocomportamentais e típicas da interação dos profissionais com outras pessoas e com o ambiente, como trabalhar em equipe ou empreender ideias inovadoras em situações desafiadoras.
Talvez você tenha a curiosidade sobre como eu resolvi meu problema, não é? Quando eu estava quase desistindo definitivamente, conversei com uma amiga que é psicóloga e ela chamou a minha atenção para algo que eu já sabia, mas que eu não tinha percebido o quanto me atrapalhava profissionalmente.
Ela afirmou que eu era muito ansioso. Ela tinha razão… o excesso de ansiedade me fazia um grande mal, não apenas para as questões psicológicas e emocionais, mas para o meu desempenho profissional.
A ansiedade fazia com que eu não tivesse paciência para planejar o meu dia e, mesmo quando conseguia fazer meu planejamento diário, eu invertia todas as prioridades, pois meu jeito ansioso fazia com que eu dedicasse mais tempo àquilo que mais me preocupava e não necessariamente no que era mais importante.
E quando eu precisava focar em algo? Ter concentração em atividades que precisavam de atenção é essencial, mas, bastava eu ficar alguns minutos dedicado a alguma coisa que vários pensamentos e preocupações tomavam conta da minha mente. Lá se foi a concentração.
Você entende por que o meu desempenho não estava adequado? Não foi difícil perceber que eu tinha que buscar outras ações de aperfeiçoamento e entendi que, o que precisava desenvolver, era algo intrapessoal. Eu precisava desenvolver a concentração, o equilíbrio emocional e a serenidade. Eu tinha que aprender a controlar a ansiedade.
Dediquei tempo e esforços nisso e não foi nada fácil. Aprendi técnicas de respiração para ter mais foco. Comecei a meditar algumas noites. Exercitei algumas coisas sobre atenção plena e estar verdadeiramente presente em cada situação. Comecei a contar até 10 quando a ansiedade surgia. Isso fez toda a diferença em minha vida pessoal e profissional. Estava ali a chave que abria a porta da produtividade. Essa era a pedra angular do meu desempenho.
Aprendi, exercitei, desenvolvi e evoluí. Já sou quase nota 10.
Veja bem que “desenvolver o equilíbrio emocional e controlar a ansiedade” são ótimos exemplos de Inner Skills.
As Inner Skills são as habilidades internas ou intrapessoais e que dependem muito da nossa vontade para desenvolvermos.
A palavra INNER é inglesa e significa INTERNO ou INTERIOR. Assim fica fácil entender que estamos falando das habilidades que estão dentro de nós.
Tenho percebido que, cada vez mais, as empresas e profissionais estão entendendo que é a partir delas que conseguimos impulsionar muitas outras, especialmente as Soft Skills.
É fácil perceber a importância das habilidades internas quando entendemos que elas servem como canal de ampliação de nossas habilidades profissionais. As Inner Skills nos dão mais condições liderar os processos do nosso domínio interno.
As Inner Skills servem de alicerce para as outras habilidades por meio da espiritualidade, interioridade, propósito, inspiração, autoconhecimento e consciência. Envolve compreender e gerir aspectos altamente íntimos para desenvolver novas habilidades, valores pessoais e virtudes que resultarão em competências aprimoradas.
A dica essencial é essa: quando perceber que precisa potencializar alguma habilidade ou competência que seja necessária para sua carreira, comece por você! Olhe para seu interior e, com muita autoconsciência e autoconhecimento, você poderá concluir que o que precisa desenvolver está dentro, ou seja, é uma INNER SKILL.
Como escreveu Stephen Covey em seu livro sobre os 7 hábitos: “Quando pensamos que o problema está ‘lá fora’, esse pensamento é o problema”.
MARCELO DE ELIAS é mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia, Gestão de Pessoas, formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores e pós-graduado em neurociências. Conteudista especialista em protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança. É um dos principais nomes do país e um dos pioneiros sobre INNER SKILLS.
Se quiser saber mais sobre as INNER SKILLS, acesse: www.innerskills.com.br
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