As máscaras de oxigênio do meu primeiro voo
Em meu trabalho eu sempre tenho a necessidade de deslocamento em aviões. Não me lembro bem quando foi meu primeiro voo, mas, uma das coisas que e me chamou a atenção naquela oportunidade foi um dos avisos da equipe de comissários de bordo.
Hoje em dia eu já praticamente decorei o que eles dizem, mas, na época era novidade. Trata-se do “anúncio padrão de segurança”. Naquela oportunidade, e em todas as outras desde então, a chefe de cabine nos instruiu sobre o uso das máscaras de oxigênio no caso de uma despressurização da aeronave.
“Lembre-se: coloque a máscara de oxigênio primeiro em você para depois ajudar outra pessoa”. Disse ela.
Esse aviso é bastante tradicional e quase que corriqueiro, a ponto de, nem todo mundo prestar a devida atenção, mas, isso não diminui a importância da mensagem.
Os comissários de bordo fazem esse anúncio para garantir a segurança dos passageiros em caso de emergência a bordo do avião. Em caso de despressurização da cabine, é necessário que cada pessoa coloque sua máscara de oxigênio o mais rapidamente possível e, somente depois disso, deve ajudar outras pessoas, entre elas as crianças e quem mais tiver dificuldade.
A razão é simples: se você se complicar ao tentar ajudar o outro, sem antes garantir o suprimento de oxigênio para você, é possível que ambos tenham sérios problemas.
Devido a despressurização da cabine de um avião, pode acontecer que o passageiro perca consciência pela queda rápida na pressão e concentração de oxigênio. Isso pode gerar lesões graves ou mesmo a morte.
Não prestamos atenção em nós
Naquele momento, a frase me fez parar e refletir. Embora pareça óbvio, na correria do dia a dia, muitas vezes nos esquecemos de priorizar nossa própria existência, saúde e bem-estar. Muitas vezes, bem-intencionados, preocupamos tanto com o bem-estar dos outros que acabamos negligenciando nossas próprias necessidades.
Da mesma forma que o aviso de segurança, a tradicional e corriqueira demanda intensa por resultados no trabalho faz com que não prestemos atenção a nós mesmos, mas, isso, não diminui a importância do autocuidado.
O aviso me fez reforçar a ideia da importância de nos cuidarmos primeiro. Se você não estiver bem, não poderá ajudar ninguém de forma eficaz.
Muitas vezes, a sociedade nos ensina a priorizar as necessidades dos outros antes de pensar em nós mesmos, mas isso pode levar a uma sobrecarga e esgotamento. Quando se dedica tempo a si mesmo, você pode recarregar suas baterias, processar seus pensamentos e emoções, e se preparar para lidar com as situações do trabalho de uma maneira saudável e íntegra com seus propósitos e objetivos.
Dedicar tempo e atenção a si mesmo não é errado. De fato, é uma parte crucial da jornada de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Além disso, dar atenção a si mesmo permite que você se conheça melhor, compreenda suas necessidades e fortalezas e trabalhe em direção a seus objetivos profissionais.
Isso não é egoísmo. Mesmo quando se é altruísta, cuidar de si em “primeira pessoa” o tornará mais forte, mais equilibrado e mais capaz de oferecer apoio e ajuda aos outros.
Comece por você
Colocar foco em si mesmo o ajuda a desenvolver algumas habilidades como autoconsciência, autogestão, foco e resiliência, que são atitudes valiosas para lidar com desafios e construir relacionamentos saudáveis.
A dica essencial é essa: quando perceber que precisa potencializar alguma habilidade ou competência que seja necessária para sua carreira, comece por você! Olhe para seu interior e, com muita autoconsciência e autoconhecimento, você poderá concluir que o que precisa desenvolver está dentro.
Por isso venho falando a alguns anos sobre as INNER SKILLS, um tema que tenho a alegria de ser pioneiro no nosso país.
Isso vai depender da sua disposição de olhar para si e entender que é preciso estar bem e equilibrado em seu interior para poder construir resultados mais eficientes em suas relações com outras pessoas e com a maneira que você aborda os desafios e oportunidades.
MARCELO DE ELIAS é mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia, Gestão de Pessoas, formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores e pós-graduado em neurociências. Conteudista especialista em protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança. Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.
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