Durante muitos anos, eu atuei diretamente como gestor. Fui executivo de uma grande empresa e liderei equipes de profissionais com as mais diversas qualificações e responsabilidades. Atualmente, eu atuo como professor de desenvolvimento executivo nas maiores instituições do país e entre as maiores do mundo. Nessa atividade, mantenho contatos cotidianos com alunos, que, em sua maioria, são líderes e gestores. Também estudo com bastante proximidade os maiores temas da gestão. Além disso sou empreendedor de um negócio de educação e administro essa empresa, aprendendo a cada dia.
Ao longo de toda essa carreira, e até hoje, tenho percebido que algumas características e ações são bastante comuns a qualquer tipo de gestor.
Vale ressaltar que todos nós somos gestores. Qualquer pessoa que é responsável por processos e projetos e protagoniza ações para a eficiência e eficácia, pode ser considerada um profissional que faz gestão e que tem dúvidas.
Então, o que caracteriza o trabalho de um gestor? O que os gestores devem considerar para conquistar resultados? Que pontos eles devem focar sua atenção?
Por isso, vamos dedicar aqui alguns parágrafos para simplificar, sem pretensão de diminuir o trabalho de um gestor, qual é a sua maior responsabilidade. Algo que nem sempre as escolas de negócios e MBAs ensinam de maneira tão direta ao ponto e que, por muitas vezes, se aprendem na prática da gestão… inclusive errando.
O “tripé dos resultados”
Primeiramente, vamos falar sobre o papel do gestor. De maneira simples e atualizada, existe algum modelo de gestão capaz de auxiliar no aumento da produtividade, obtenção de resultados e ainda gerar um nível elevado de engajamento de colaboradores em um negócio?
Vários autores dizem que sim e, todos eles, de alguma maneira, focam em três pontos essenciais, que aqui podemos chamar de “tripé dos resultados”: Estratégia, operações e pessoas.
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Tripé número 1: Estratégia – A parte do tripé que garante o futuro
Um bom gestor precisa ter foco não apenas nas questões cotidianas, mas, também orientar-se para o futuro e a inovação. Ser um gestor estratégico significa identificar objetivos maiores e buscar sua realização no dia-a-dia, garantindo assim a sustentabilidade e o desenvolvimento da organização. A gestão da estratégia pode ser vista como a gestão do amanhã, em que são traçadas as diretrizes para a evolução dos resultados e melhorias dos processos.
Na prática, para atuar estrategicamente, é preciso ter um olhar para fora da empresa, identificando cenários e oportunidades, além de estruturar projetos e planos de ação que darão foco às atividades das equipes.
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Tripé número 2: Operações – Os processos que garantem a competitividade e as ações do cotidiano
A empresa se sustenta a partir da boa gestão de seus processos. Mesmo sabendo que o futuro se constrói através da gestão estratégica, de pouco adiantaria olhar para frente se o presente não estiver bem administrado. A gestão das operações, também chamada de gestão operacional ou de processos, é essencial para o cumprimento da missão organizacional e garantir os recursos e resultados presentes.
Gerir bem os processos significa, por exemplo, administrar bem os recursos empresariais, com eficiência e produtividade, sem desperdício e retrabalho, garantindo a qualidade, custo e prazo das entregas.
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Tripé número 3: Pessoas – O motor que faz tudo acontecer
O terceiro ponto relevante do tripé, as pessoas, é responsável por fazer as operações se sustentarem e a estratégia acontecer. Sem a boa gestão de pessoas, seria impossível conseguir os resultados organizacionais com eficiência e eficácia.
Mesmo em um cenário de avançada tecnologia, com a substituição gradativa de mão de obra por sistemas robotizados ou mecanizados, as pessoas se tornam parte essencial dos negócios, principalmente nesse momento, em que o trabalho repetitivo dá espaço a uma atuação mais autônoma, criativa e engajada. Saber liderar, trabalhar em times e se relacionar, se tornam grandes competências para quem deve gerir negócios e processos.
Entenda o que faz um bom gestor e faça!
Em primeiro lugar, um bom gestor faz a gestão equilibrada desse tripé. Essa talvez seja a maior dica, de um jeito simples e direto.
Do presidente de uma grande empresa até o colaborador que cuida um processo, todos precisam de atenção e disciplina na gestão estratégica.
Para um líder atuar no tripé de resultados, significa identificar oportunidades dentro e fora de sua organização, gerir os processos com qualidade envolvendo as pessoas.
O mesmo se dá para um liderado que é responsável por resultados mais específicos. Independente do cargo, departamento ou chefia, este também precisa enxergar oportunidades dentro e fora da empresa, garantindo o alinhamento de suas atividades com os maiores objetivos estratégicos da insituição. Essa necessidade requer uma postura de focada em melhorias e inovações, além do olhar o que vai além das demandas cotidianas.
A gestão dos processos e operações também é necessária para garantir a obtenção dos resultados e a produtividade esperada. E a gestão das pessoas, igualmente necessária, se constrói no dia-a-dia, com bom relacionamento e trabalho em equipe. Mesmo não liderando diretamente as pessoas, é preciso se comunicar eficazmente e construir ações e projetos com sinergia e cooperação.
Um bom gestor deve administrar muito bem essas três necessidades. Ao longo do tempo e através de estudos recentes, existe um olhar ainda mais forte para a busca do equilíbrio nessas demandas.
Entretanto, a maioria dos gestores, de acordo com essas mesmas pesquisas, ainda estão mais focados em atividades operacionais. Por serem demandas cotidianas e permanentes, e, em sua maioria urgentes, acabam consumindo a grande parte da agenda dos profissionais.
Os bons gestores são aqueles que conseguem garantir a qualidade e eficiência dos processos sem descuidarem-se da estratégia e das pessoas, pois são elas, respectivamente que garantem a evolução dos resultados empresariais e a boa execução e inovação dos processos.
Bônus:
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