Bons líderes não erram… será?
A liderança é um desafio constante. Mesmo os líderes mais experientes e bem-intencionados podem cometer erros que afetam o desempenho da equipe e a eficiência organizacional.
Identificar esses equívocos é o primeiro passo para corrigi-los.
A seguir, vamos explorar os sete erros mais comuns que até os melhores líderes cometem e como evitá-los.
Esses erros eu abordo em minha palestra sobre “Os 7 Erros que Até os Melhores Líderes Cometem”. Essa palestra foi a que me fez ganhar o prêmio de TOP5 no CBTD de 2019, o primeiro ano dessa importante premiação que reconhece os palestrantes mais bem avaliados no Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento que acontece anualmente em São paulo.
Erro #1 – Tentar Gerenciar as Pessoas
Muitos líderes acreditam que sua principal função é gerenciar cada detalhe do trabalho de suas equipes. No entanto, a verdadeira liderança não consiste em microgerenciar pessoas, mas sim em inspirá-las a gerenciar a si mesmas.
A autogestão é essencial para que os profissionais se tornem mais responsáveis e engajados.
O papel do líder deve ser o de um incentivador, alguém que apresenta com clareza os propósitos e expectativas e oferece feedback constante para guiar o desenvolvimento dos colaboradores.
Dessa forma, os liderados se tornam mais proativos e independentes, elevando a produtividade e a satisfação no trabalho.
Erro #2 – Não Ter Foco
Equipes autogerenciáveis precisam de alinhamento e objetivos bem definidos. No entanto, se o líder não estabelece um foco claro, os colaboradores podem se perder em atividades dispersas e sem prioridade.
Definir metas e orientar a equipe sobre o que realmente importa é fundamental para o sucesso organizacional.
Um líder eficaz comunica claramente os objetivos estratégicos, garantindo que todos estejam alinhados e saibam onde concentrar seus esforços. Isso evita desperdício de energia e aumenta a eficiência coletiva.
Erro #3 – Colocar o Cliente em Primeiro Lugar (e Não os Colaboradores)
A máxima “o cliente sempre tem razão” levou muitos líderes a colocarem o cliente acima de tudo. No entanto, um erro comum é negligenciar os colaboradores nesse processo.
O foco quase que exclusivo no cliente pode fazer com que a equipe se sinta desvalorizada, o que pode levar à desmotivação e ao baixo desempenho.
Um líder sábio entende que, ao priorizar os liderados, garantindo boas condições de trabalho e um ambiente saudável, eles naturalmente oferecerão um atendimento melhor aos clientes.
Quando a equipe está satisfeita e engajada, a qualidade do serviço prestado melhora significativamente.
Como dizia Stephen Covey, autor do livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes: “Trate seus colaboradores da mesma forma que você desejaria que eles tratassem seus clientes”.
Erro #4 – Ser a Solução de Todos os Problemas
Líderes que tentam resolver todas as questões sozinhos acabam tornando suas equipes dependentes e sem iniciativa.
Esse comportamento, embora bem-intencionado, pode prejudicar o desenvolvimento dos colaboradores e gerar sobrecarga para o próprio líder. Em vez de ser um “herói”, um líder eficaz delega responsabilidades, incentiva a autonomia e ensina sua equipe a encontrar soluções por conta própria.
Isso fortalece a capacidade de resolução de problemas do grupo e cria um ambiente mais dinâmico e inovador.
Erro #5 – Querer que Todos Sejam Iguais a Ele
A diversidade de pensamento é um dos principais motores da inovação e do crescimento organizacional. No entanto, alguns líderes caem na armadilha de querer que todos os membros da equipe pensem e ajam como eles. Isso pode sufocar a criatividade e limitar o potencial da equipe.
A chave para um time de alta performance está em valorizar as diferenças e construir um ambiente onde múltiplas perspectivas sejam bem-vindas.
Um líder deve celebrar a diversidade de ideias e incentivar a colaboração entre perfis distintos para obter resultados mais ricos e eficazes.
Erro #6 – Não Desenvolver as Pessoas
A liderança vai além da gestão de tarefas e processos; ela envolve o desenvolvimento de pessoas. Um erro grave é não investir no crescimento dos liderados, deixando de fornecer feedbacks construtivos e desafios que estimulem a evolução profissional.
Líderes que atuam como desenvolvedores de talentos criam equipes mais capacitadas e engajadas.
Oferecer oportunidades de aprendizado, atribuir responsabilidades crescentes e reconhecer o progresso dos colaboradores são práticas fundamentais para um time de sucesso.
Erro #7 – Não Comunicar no Tempo Certo
A comunicação eficaz é um dos pilares da boa liderança. No entanto, muitos líderes falham ao não transmitir informações importantes no momento adequado.
A transparência e a rapidez na comunicação são essenciais para manter a equipe alinhada e evitar mal-entendidos. Um líder competente deve garantir que as informações fluam de maneira clara e tempestiva, evitando que boatos e especulações criem insegurança entre os colaboradores.
Estabelecer canais de comunicação eficientes e incentivar um ambiente de diálogo aberto são medidas que contribuem para o engajamento e a confiança na liderança.
Como diz o genial e experiente professor Pedro Mandelli: “Ser transparente não é falar tudo. É falar rápido”.
Liderança não é sobre ser perfeito, mas sim sobre assumir que não sabe, aprender continuamente, adaptar-se e buscar o aprimoramento.
Ah! Falando sobre “não ser perfeito”, veja um dos meus vídeos do meu Canal do Youtube. Nele eu falo sobre a VULNERABILIDADE DA LIDERANÇA.
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MARCELO DE ELIAS é Linkedin Top Voice. Mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia (USP), Gestão de Pessoas (FGV), formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores (University of Tampa/EUA) e pós-graduado em neurociência e psicologia positiva (PUC).
Conteudista especialista em liderança, protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança.
Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.
Atende grandes clientes como GPA/ Pão de Açúcar, Cobasi, Neoenergia, Leroy Merlin, SBT, Marisa, Carrefour, MSD/Merck, Elanco, Kawasaki, GM, Fiat, Raízen/Shell, DHL, Caixa, Bradesco, Unilever, Bettanin/InBetta, Sebrae, SESC, Sabesp, Banco da Amazônia, Justiça Federal, Ministério Público, INPE, Usiminas entre outros de diversos segmentos.
Através de mensurações na metodologia NPS junto aos contratantes, o índice de recomendação é de 100%.
As palestras não são “produtos de prateleira”, mas sim, projetos 100% personalizados e customizados para cada realidade, considerando as necessidades a serem atendidas, a cultura do cliente e o perfil do público.
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