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O que aprendi sobre MUDANÇAS na Itália

Marcelo de Elias mudanças na Itália

Viajar não é apenas uma oportunidade de descansar, divertir-se e conhecer novos lugares. É também o momento de aprender e refletir. Quando estamos com olhos, mente e “alma” bem atentos, podemos chegar a conclusões interessantes.

Recentemente tive a oportunidade de ir para a Itália, em Roma, por conta de um compromisso familiar e aproveitei para ficar mais alguns dias e aproveitar muitas coisas que a Roma e seus arredores poderiam oferecer.

Mas o que a “cidade-eterna” poderia me ensinar sobre mudanças?

Entre tantas coisas bonitas e emocionantes, dignas de uma cidade que sabe dar o valor para sua história e tradição, percebi que, mesmo em uma região cuja maior oportunidade turística se constrói sobre o passado, muitas coisas podem ser aprendidas sobre futuro, transições e transformações.

Nas magníficas dependências do Coliseu, Palatino, Foro Romano e Panteão percebe-se a pujante riqueza cultural, artística e histórica de uma sociedade que se construiu como um império poderoso e moderno para sua época. É incrível pensar que, mesmo uma sociedade tão organizada, rica e com um olhar muito à frente de seu tempo, pode sucumbir. Restaram os monumentos e as memórias.

Teria o Império Romano deixado de observar os sinais da mudança por conta do apego ao sucesso?

Coliseu

O processo de declínio do Império Romano do Ocidente começou no século IV em virtude das invasões bárbaras, a crise econômica e a disputa dos militares pelo poder. O colapso do sistema escravista e a ascensão do cristianismo também contribuíram para isso.

Por falar em cristianismo, a basílica de São Pedro no Vaticano vem resistindo ao tempo e às mudanças nas religiões. A igreja e seu micro país é um dos locais mais visitados no mundo, por pessoas de diversos credos e ideologias espirituais.

Também observei que mesmo nas igrejas católicas, Castel Gandolfo e museus do Vaticano, são muitas as referências à mitologia romana. A religião da antiga Roma encontra-se extinta e já não pertence mais à área da Teologia, mas à Literatura e Artes e, devido a todo seu esplendor, jamais cairá no esquecimento. A mitologia até hoje é alvo de estudo de filófosos modernos, professores entre tantos outros.

Por que uma religião morta ainda oferece tanto fascínio?

Em Assis, não tão longe de Roma, pude perceber que a bela cidade vive praticamente da economia gerada pelo turismo religioso, por causa de dois famosos cidadãos, entre outros… A cidade é famosa por ter sido o local de nascimento de São Francisco de Assis, que lá fundou a Ordem dos Franciscanos em 1208, e de Santa Clara de Assis, fundadora da Ordem das Clarissas.

Como grandes, mas humildes, líderes religiosos de seu tempo, suas regras de vida, mesmo a tantos séculos depois, enfrentando mudanças e revisões, continuam servindo de referências para um enorme grupo de pessoas, religiosas ou não, ao redor do mundo. São ensinamentos que sobreviveram ao tempo, mesmo depois que seus idealizadores partiram.

Mas, em toda minha jornada, um dos momentos mais singulares foi conhecer pessoalmente e poder pegar na mão do Papa Francisco, uma das figuras mais carismáticas e queridas do nosso tempo.  Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, na Argentina, é o primeiro papa do Novo Mundo, o primeiro latino-americano, o primeiro pontífice do hemisfério sul, o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco, e o primeiro não europeu em mais de 1200 anos a ocupar esse cargo. Com tanta “inovação”, podemos dizer que Francisco é um papa que gerou mudanças disruptivas na Igreja.

Papa Francisco

Além disso, o papa é conhecido por um estilo pessoal despojado de viver. Durante seus anos como cardeal em Buenos Aires, vivia num pequeno e austero quarto atrás da Catedral Metropolitana e usava normalmente apenas transporte público, além de cozinhar a própria comida.

Após escolhido como Sumo Pontífice, continuou a usar o crucifixo que usava enquanto cardeal que é de aço e não de ouro, como de costume com Papas anteriores. Também optou por continuar a fazer uso de sapatos totalmente pretos, em vez dos tradicionais sapatos vermelhos papais (múleos). Francisco dispensou a limusine blindada papal para comparecer a um primeiro encontro, na residência de Santa Marta, no dia seguinte de sua eleição, preferindo um veículo comum, e espantou a todos ao pagar pessoalmente a conta do hotel onde se hospedou para o Conclave, hotel este pertencente à própria Igreja Católica.

Pelo que se percebe, ele deu um novo tom ao papel do Papa, além das mudanças na maneira de gerir o Vaticano e na acolhida de cristãos que antes se sentiam excluídos.

Mas, entre tantas outras coisas que pude observar, aprender e refletir, eu confirmei algo que sempre povoou entre minhas convicções:

Quase tudo muda! Menos os princípios.

Marcelo de Elias na Itália

Os princípios como respeito, disciplina, perseverança, justiça, coragem, comprometimento e a “lei da colheita” são leis universais, atemporais e evidentes.

Stephen Covey tinha muita razão quando dizia que existem três “constantes” na vida: A certeza das mudanças, a liberdade de escolha e os princípios.

Entre tantas coisas que mudaram, ruíram ou foram dizimadas na antiguidade, as que permaneceram foram aquelas que tinham como base alguns princípios, expressados através de valores como o amor à arte, a estética, a ética, o aprendizado, a fé e a religiosidade.

Seja nos resquícios do Império Romano, na mitologia, no Vaticano, nos santos de Assis ou no Papa Francisco, os princípios permanecem e se eternizam.

E você? Quais princípios têm conduzido sua existência?

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