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Liderança e produtividade: Alcançando as metas em 2023

O que a produtividade, realização de metas e hábitos têm a ver com gestão e liderança?

Logo abaixo, vou reproduzir uma entrevista que participei para um newsletter interno de uma das maiores redes de varejo do Brasil. Nesse bate-papo dá para perceber que tudo isso anda junto já que o líder precisa ter controle sobre suas realizações, objetivos e comportamentos.

Daqui a pouco tempo iniciaremos um novo ano e, por isso, estamos em um bom momento para incorporar novos hábitos. Qual a melhor maneira de colocar isso em prática?

Hábitos são aqueles comportamentos que praticamos sem esforço, ou seja, acontecem quase sem precisar pensar. Eles têm importância enorme para nossa performance pessoal e profissional, porque muito do que fazemos funciona em uma espécie de “piloto automático”.

Algumas pesquisas recentes mostram que entre 40 e 45% das nossas ações diárias não são decisões plenamente conscientes, mas sim, um conjunto de roteiros pré-definidos que podem nos ajudar se forem positivos, ou atrapalhar quando se tratar de atitudes não saudáveis ou improdutivas.

Para fazer com que bons hábitos façam parte da nossa jornada, a primeira ideia que devemos ter é a de que não devemos sair do piloto automático, mas sim, reprogramá-lo. Nosso cérebro precisa de algumas coisas acontecendo naturalmente e, por isso, não é saudável que tenhamos 100% de decisões conscientes.

Essa reconstrução dos roteiros mentais precisa de algumas regras que devem ser cumpridas.

Uma delas é a de que é melhor substituir um hábito ruim por um bom do que simplesmente tentar acabar com a prática de um vício (que é a maneira popular de se referir aos hábitos negativos). Nosso cérebro vai sentir falta daquela rotina já consolidada se você não ocupar o espaço com outra comportamento.

Isso sim vai requerer, por algum tempo, várias escolhas de ações conscientes e totalmente propositais, mas, com o tempo e transformando-se em rotina, as novas práticas poderão virar hábitos.

Outra coisa é reconhecer que muitos dos vícios são motivados por gatilhos que disparam a prática de algo que você queira mudar, mas não consegue. Os gatilhos podem ser momentos do dia, situações específicas, lugares, pessoas, etc. Afastar-se de um gatilho pode ser mais fácil do que ter que usar exclusivamente a força de vontade par evitar algo tentador.

Depender da força de vontade para lutar contra hábitos ruins ou incorporar hábitos bons é uma estratégia arriscada.

Também creio que tentar mudar comportamentos de maneira “evolucionária” será mais eficaz que de forma “revolucionária”. É melhor começar aos poucos, estabelecendo metas menores e mais fáceis de serem alcançadas, pois assim seu cérebro vai se reprogramando e, aumentando a dose de maneira consistente, será possível incorporar o hábito desejado.

Nossa empresa está estabelecendo as metas para 2023. Como precisamos nos organizar para cumpri-las?

Alguns problemas são muito comuns quando falamos em metas. Um deles é a nossa tendência a cuidar do que é urgente e negligenciar o que é importante. Muitas coisas que fazem parte de nossas metas são altamente relevantes para nossa performance mas, por não requererem ações emergenciais, não garantimos a sua execução no momento mais adequado, deixando sempre para a última hora.

É necessário planejar um espaço na agenda para colocar em prática as coisas importantes antes que se tornem urgentes.

Isso deve ser uma escolha deliberada e praticada com disciplina. Aos poucos, essa prática de planejar e focar em ações de alto valor também será um hábito.

Outra dica interessante é quebrar essas metas em grupos de tarefas que devem ser semanalmente programadas como compromissos em seu calendário pessoal e profissional. Quando desdobramos os objetivos em ações específicas que precisarão ser realizadas, é como se quebrarmos uma grande matéria em átomos, o que permite atuar mais precisamente.

Então, em vez de apenas pensar em “aumentar as vendas em 30 % em 2023” é melhor desdobrar isso em um plano de ação detalhado que se transforma em tarefas exequíveis como, por exemplo, “criar novo tipo de abordagem ao cliente em até janeiro” ou “realizar estudo sobre novos nichos de mercado até fevereiro”.

Veja que, nesses casos, estamos sendo específicos em ações que servem de resultados-chave para garantir que o objetivo maior seja alcançado.

Por fim, em se tratando de líderes, sem dúvida é necessário uma comunicação engajadora e compartilhamento claro das metas com a equipe, afinal, as metas da liderança vão requerer um cascateamento eficiente para todas as pontas, onde cada um entende exatamente “como, quando e quanto” podem contribuir.

Qual a melhor forma de conciliar tudo o que precisamos fazer como líderes: lidar com processos, gestão de pessoas, metas e ainda entregar um trabalho de qualidade?

Creio que, apesar de tudo isso ser extremamente importante, é muito difícil conseguir focar em tudo ao mesmo tempo com a mesma efetividade. Esses temas (e ainda outros) requerem um olhar constante e, assim, o líder precisa pensar em um prazo um pouco mais longo, talvez um mês, e encontrar espaço na sua agenda para contemplar ações especiais e que fogem da rotina para cada um desses pilares.

Caso não faça isso, os assuntos serão tratados apenas em caráter de urgência, sem planejamento e inovação. É como se ele tivesse o “dia de pensar em inovação” ou a “semana de dar feedback” em sua agenda mensal.

Quando decidimos que teremos momentos específicos em nossa programação de atividades para pensar em melhorias de qualidade, reuniões de engajamento com a equipe, pesquisar processos inovadores e acompanhar proativamente os indicadores que nos apontam para as metas, estamos garantindo que seremos potencializados por dois motores, um que faz a geração de “resultados no curto prazo” e outro que permite a “geração de resultados no futuro”.

É essa “gestão ambidestra” que faz com que o líder não apenas consiga garantir os resultados imediatos propostos, mas sim, potencializar o crescimento do negócio através da inovação, gestão de projetos e gestão da estratégia, entre outros vetores. Isso amplia a eficiência e a eficácia do negócio.

Ainda vale uma reflexão importante: para conseguirmos ter processos produtivos, clientes leais e satisfeitos e metas financeiras bem geridas, não podemos esquecer que o alicerce disso tudo são as pessoas.

Quando o líder cumpre bem o seu papel de gestor de pessoas e desenvolve equipes para que sejam engajadas e competentes, certamente ele terá conseguirá focar em resultados mais estratégicos, pois os colaboradores cuidarão com maestria dos processos cotidianos, indicadores, qualidade, bom atendimento etc.

Em resumo, na busca do equilíbrio entre tantas prioridades, comece pelo legítimo exercício da liderança e foque nas pessoas.

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MARCELO DE ELIAS é mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia, Gestão de Pessoas, formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores e pós-graduado em neurociências. Conteudista especialista em protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança. Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.

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