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Liderança 5.0: tecnologia com alma humana

Por Marcelo de Elias Especialista em gestão de mudanças, liderança e cultura organizacional

Vivemos uma era em que falar de transformação não é mais uma tendência, mas uma necessidade. Tecnologias disruptivas como a inteligência artificial já fazem parte da realidade de empresas de todos os portes, e a pergunta que se impõe é: como liderar nesse novo cenário?

Em uma conversa recente com o Sócrates Cordeiro, CEO da CeosGO, mergulhamos no tema Liderança 5.0 — uma abordagem que propõe o equilíbrio entre a alta performance tecnológica e a valorização genuína do fator humano.

Da indústria à liderança: um breve contexto

Para entender a Liderança 5.0, é interessante observar sua origem. O uso da numeração (1.0, 2.0, 3.0…) vem da tentativa de acompanhar as grandes transformações industriais e digitais.

  • Liderança 1.0: surgida na Revolução Industrial, focada exclusivamente em produtividade e controle.
  • Liderança 2.0: marcada pela era da qualidade total e eficiência, especialmente influenciada pelos modelos japoneses.
  • Liderança 3.0: chega com a internet e a digitalização dos negócios.
  • Liderança 4.0: acompanha a Indústria 4.0, focada em conectividade, automação e big data.

E agora entramos em um novo momento: o da Liderança 5.0, que surge como resposta à pergunta: “Se a tecnologia já está disponível e acessível, o que, de fato, diferencia uma organização?” A resposta é simples e poderosa: as pessoas.

O que é a Liderança 5.0?

É um modelo que não descarta a tecnologia, muito pelo contrário. Ele a integra ao olhar humano. É a liderança que:

  • Abraça a inovação sem esquecer da empatia.
  • Busca resultados sem abrir mão do propósito.
  • Usa IA e automação sem perder a sensibilidade.
  • Potencializa dados, mas não desumaniza as decisões.

Na era 5.0, o diferencial competitivo não é apenas o algoritmo, mas a cultura organizacional, o senso de pertencimento e a capacidade das lideranças em inspirar, empoderar e formar co-líderes.

Propósito: do discurso à prática

Propósito não é mais um luxo retórico. É um fator decisivo para atrair e reter talentos — especialmente para as novas gerações que buscam trabalhar com significado. A Geração Z, por exemplo, valoriza mais do que salário ou benefícios: quer coerência entre o que a empresa diz e o que ela realmente faz.

Liderar com propósito é alinhar estratégia, cultura e comportamento. E é por isso que vejo, cada vez mais, executivos e organizações debatendo esse tema em sala de aula, eventos e nos bastidores das grandes decisões.

As habilidades do líder 5.0

O que torna um líder apto para este novo contexto? A resposta começa com mentalidade.

A liderança 5.0 exige uma mente aberta, adaptativa e estrategicamente humana. Entre as habilidades essenciais, destaco:

  • Abertura à mudança: líderes que resistem ao novo estão fadados à obsolescência.
  • Inovação como mentalidade, não apenas como tecnologia: inovar é fazer diferente, e isso começa com pensamento criativo aplicado.
  • Empoderamento da equipe: o líder 5.0 não centraliza, ele multiplica. Não cria seguidores, mas forma co-líderes.
  • Visão sistêmica e antenada: olhar para além da operação, enxergar tendências, movimentos sociais e sinais do mercado.
  • Capacidade de autoliderança: antes de liderar os outros, o líder precisa estar em paz com a sua própria jornada.

Como costumo dizer: um excelente líder transforma colaboradores em sócios do propósito, mesmo sem participação formal na empresa. E isso acontece por meio do engajamento genuíno.

Por onde começar?

A liderança 5.0 começa com uma decisão: estar presente no futuro. Isso exige autoconhecimento, atualização constante e humildade para aprender com as mudanças.

Cada líder deve identificar onde estão suas lacunas. Alguns precisam se aprofundar em tecnologias emergentes. Outros, desenvolver habilidades humanas como escuta ativa, empatia ou comunicação não violenta.

Seja qual for o ponto de partida, uma coisa é certa: quem estiver disposto a surfar a onda das mudanças, estará mais preparado para liderar com relevância e impacto.


Assista o vídeo dessa minha conversa com o Sócrates Cordeiro e compartilhe suas opiniões.


MARCELO DE ELIAS é Linkedin Top Voice. Mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia (USP), Gestão de Pessoas (FGV), formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores (University of Tampa/EUA) e pós-graduado em neurociência e psicologia positiva (PUC).

Conteudista especialista em liderança, protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança.

Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.

Atende grandes clientes como GPA/ Pão de Açúcar, Cobasi, Neoenergia, Leroy Merlin, SBT, Marisa, Carrefour, MSD/Merck, Elanco, Kawasaki, GM, Fiat, Raízen/Shell, DHL, Caixa, Bradesco, Unilever, Bettanin/InBetta, Sebrae, SESC, Sabesp, Banco da Amazônia, Justiça Federal, Ministério Público, INPE, Usiminas entre outros de diversos segmentos.

Através de mensurações na metodologia NPS junto aos contratantes, o índice de recomendação é de 100%.

As palestras não são “produtos de prateleira”, mas sim, projetos 100% personalizados e customizados para cada realidade, considerando as necessidades a serem atendidas, a cultura do cliente e o perfil do público.

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