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Inner Skills, VUCA, BANI e a Great Resignation: por que as habilidades internas são os antídotos?

Mundo VUCA-BANI

Os americanos ainda usam uma abreviatura para explicar os cenários em que interagimos. Eles dizem que o mundo é VUCA (em inglês) ou VICA (em português).

O exército americano já usava a sigla VUCA para descrever a volatilidade (volatility), a incerteza (uncertainty), a complexidade (complexity) e a ambiguidade (ambiguity) nas diversas situações e contextos de guerra. O uso militar dessa sigla começou no final dos anos 90 para tratar das ferramentas e métodos necessários para fazer frente a um ambiente extremamente agressivo e desafiador.

O uso no mundo dos negócios é mais recente. Começou a ser usado a partir de 2010, mas não difere do pensamento militar, afinal, o ambiente empresarial na atualidade também é agressivo, desafiador, competitivo e intenso.

Os tempos evoluíram e, atualmente, muitos dizem que o mundo é BANI.

O termo foi apresentado pelo antropólogo Jamais Cascio, professor e futurista da Califórnia. O acrônimo foi criado em 2018 (antes da pandemia), mas, os impactos da COVID fizeram com que o BANI fizesse ainda mais sentido.

BANI (ou FANI em português) é a ideia de que o mundo de hoje é frágil (brittle), ansioso (anxious), não-linear (nonlinear) e incompreensível (incomprehensible).

Há quem diga que o mundo deixou de ser VUCA e passou a ser BANI em função da pandemia. Não creio que seja assim, afinal, penso que o BANI é uma evolução do VUCA, mas, não necessariamente, as coisas deixaram de ser Voláteis, Incertas, Complexas e Ambíguas.

Podemos entender que, em cenários ainda mais acelerados e disruptivos, a volatilidade se potencializou e vem gerando fragilidade. As incertezas tendem a proporcionar muita ansiedade. Situações de muita complexidade vão nos trazer a não-linearidade, e se algo era ambíguo, hoje temos coisas muitos mais incompreensíveis.

A questão que temos para responder em nossas vidas, carreiras e negócios é: que tipos de habilidades ou competências são necessárias para uma realidade que é VUCA-BANI?

Vamos somar a esse cenário um fenômeno que vem acontecendo em todo mundo, a Great Resignation ou a Grande Renúncia. Muitos tem chamado por aqui em no nosso país de a “Grande Debandada”.

Passado o momento que foi considerado como o mais crítico da pandemia, é nesse panorama que surgiu um movimento conhecido como Great Resignation (também chamado de Big Quit ou Great Reshuffle). Trata-se de uma onda de pedidos de demissão nos Estados Unidos, Europa, China e, aos poucos, no Brasil.

Esse fenômeno mostra o quanto a relação com o trabalho mudou. Atualmente, grande parte das pessoas vem repensando suas atividades e carreiras e, para tantos, a conclusão é de que estão perdendo tempo e vida em seus trabalhos. Daí uma enxurrada de pedidos de demissão.

Será que as Soft Skills tradicionais (habilidades sociocomportamentais) e Hard Skills (habilidades técnicas e tecnológicas) são suficientes para dar conta dos desafios atuais?

Não! Outros elementos entram nesse jogo e, considerando essa realidade, reconhecemos que são importantes as Inner Skills.

Em 2021, com um certo pioneirismo em nosso país, eu defini as Inner Skills (ou habilidades internas) como as

“habilidades que servem como vetores de potencialização para outras habilidades e que dependem intrinsecamente de cada pessoa. Elas podem interagir com o ambiente exterior e com outros indivíduos, mas, em última instância, não dependem desses fatores para sua existência. Relacionam-se com a maneira que interpretamos, atuamos e administramos os nossos eventos internos a partir da consciência, propósito e visão.”

Posso afirmar que essas habilidades são uma espécie de antídoto para a realidade em que vivemos e serão as competências mais importantes para o futuro.

Quer saber por quê? Assista o vídeo que é um trecho de uma palestra que realizei em junho de 2022 no CBTD.

MARCELO DE ELIAS é mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia, Gestão de Pessoas, formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores e pós-graduado em neurociências. Conteudista especialista em protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança.

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