Para gerir as mudanças, precisamos reconhecer que, quando a mudança é implementada, esse é o momento mais tenso, já que, as pessoas precisam estar motivadas para abraçarem a mudança como algo positivo e necessário.
Entretanto, é importante compreender que as mudanças não vão requerer apenas a motivação das pessoas.
Se o assunto é mudar nosso comportamento, as técnicas e habilidades também desempenham um papel importante.
Quando confiamos apenas na motivação como impulsionador das mudanças, ignoramos uma outra fonte essencial para que as pessoas estejam dispostas a mudar, que é a habilidade pessoal e coletiva.
Apenas como exemplo, vamos supor que você está tentando parar de fumar ou beber. O caminho mais curto para o sucesso não seria simplesmente parar de vez?
Simplesmente seja forte e você vai se sair bem, certo? Não é bem assim. Temos um conjunto de comportamentos já comuns em nossas rotinas, ou seja, temos hábitos que nos levam a fazer o que sempre fizemos.
Nessa hora surgem várias pessoas dando conselhos motivacionais do tipo: “isso vai ser bom para você” ou então “não desista que você consegue”. Tudo isso para ajudar na sua motivação pessoal, o que também podemos chamar de força de vontade.
É claro que esse incentivo pode ser importante e decisivo na sua mudança de hábitos, mas, ela não é suficiente para a grande maioria das pessoas. A força de vontade desempenha um papel importante nas nossas escolhas, mas o problema é que, quando não nos sentimos preparados ou capazes de mudar, a dedicação será bem menor.
Por isso, quando uma mudança não dá certo, nós pensamos primeiro na nossa falta de motivação. Nosso problema principal não é que sejamos desmotivados. O problema pode ser que nós ainda não nos sintamos competentes.
Mudar comportamentos persistentes e resistentes sempre envolve aprender novas técnicas.
No nosso exemplo, sabemos que, além da vontade de mudar, nos sentiremos mais competentes se aprendermos algumas coisas como algumas técnicas para não fumar, sobre como controlar o impulso, que alimentos podemos comer e que ajudam nesse propósito, o que devemos evitar e tantas outras coisas.
Isso faz com que sejamos mais habilidosos em fazer a mudança acontecer.
E o que isso tem a ver com a gestão da mudança nas organizações?
Tem a ver que são justamente esses dois elementos que precisamos desenvolver nas pessoas: a motivação e a habilidade. Não podemos esquecer da importância da capacitação, treinamento e desenvolvimento de conhecimentos e habilidades para mudar.
Gerar capacitação e proporcionar treinamentos para equipes é a base para a construção de conhecimento sobre a mudança e as habilidades necessárias para ter sucesso.
Durante a etapa da execução da mudança, uma das coisas que precisa acontecer é a garantia de que as pessoas que receberão os impactos das mudanças estão devidamente capacitadas para lidar com as novas realidades.
Entenda que muitas pessoas não mudam não é porque não querem, é porque não sabem o que ou como fazer.
Mas lembre-se que os treinamentos que capacitam as pessoas para as novas metodologias, ferramentas ou comportamentos só devem ser ministrados depois que medidas forem tomadas para garantir que os colaboradores impactados tenham consciência da necessidade de mudança e desejem apoiá-la, ok?
Os membros da equipe de projetos de Gestão da Mudança devem analisar, programar e executar os treinamentos com base nas habilidades, conhecimentos e comportamentos necessários para implementar a mudança.
Esses requisitos de treinamento serão o ponto de partida para construir ou contratar os programas de treinamento que serão necessários.
Entretanto, quando falamos sobre capacitar as pessoas para as mudanças, faça isso primeiramente com os líderes.
Infelizmente, os gestores e líderes podem ser o grupo mais difícil de influenciar sobre a necessidade da mudança e podem ter muito mais resistência que os liderados. Por isso é necessário que a equipe de projeto tenha o apoio da direção e demais gestores da organização.
Uma das ações para conseguir isso é treinar e sensibilizar as lideranças prioritariamente. Essa capacitação deve incluir orientações, conhecimentos, habilidades e ferramentas sobre as mudanças propriamente ditas, mas também sobre gestão da mudança, comunicação e influência.
Considerando que, provavelmente, serão implementados novos procedimentos de trabalho, essa também é a fase de capacitar e informar as pessoas sobre as novas políticas internas, procedimentos e práticas.
MARCELO DE ELIAS é mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia, Gestão de Pessoas, formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores e pós-graduado em neurociências. Conteudista especialista em protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança. Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.
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