São inúmeras coisas que precisamos estar atentos para não perdermos as oportunidades. Entre elas, existem algumas ações que gostaríamos de dar mais atenção e nem sempre conseguimos.
A gente tem muita coisa que concorre pela nossa atenção. Ter foco em um mundo complexo não é muito simples, por isso, precisamos fazer escolhas e focar no que realmente vale a pena.
Tem muitas pessoas bastante ocupadas e pouco produtivas, porque estão mirando em coisas secundárias e menos relevantes. Mesmo com grande capacidade de execução e disciplina, se estivermos apoiando nossa “escada na parede errada”, será improdutivo subir correndo por ela, afinal, pouco adiantaria ter ótima pontaria se for para focar o alvo errado.
Será que você está colocando a energia no que realmente vale a pena? Em que precisamos concentrar nossa atenção para termos uma carreira em crescimento?
Devemos focar o “presente e o futuro”.
Não tenho dúvidas de que existem várias ações e decisões que precisamos colocar nosso olhar para o curto prazo. São coisas totalmente necessárias e que requerem atenção imediata.
Porém, mesmo que muitos assuntos requeiram um olhar mais pontual e cotidiano, o bom profissional precisa pensar em ações importantes com um prazo mais longo e encontrar o espaço na agenda para contemplar essas ações especiais e que fogem da rotina.
Um artigo publicado pela consultoria Bain & Company trouxe a ideia de que as empresas de sucesso e os bons profissionais devem ser impulsionados por “dois motores”. É como um avião de duas turbinas que só atinge seu potencial pleno quando coloca energia nesses dois vetores de potência.
Ser potencializado por dois motores significa que devemos ter foco no que faz a geração de resultados no curto prazo e naquilo que permite a geração de resultados no futuro.
Essa ideia preserva uma relação muito próxima com o conceito de “ambidestria empresarial”, que faz com que o bom profissional não apenas consiga garantir os resultados imediatos propostos, típicos da eficiência operacional, mas também, potencializar o crescimento do negócio através da inovação e da estratégia de geração de valor.
Ser ambidestro significa que somos habilidosos com as duas mãos, que, nessa metáfora, é a mão que executa o presente e a mão que constrói o futuro.
E é justamente nesse ponto que esconde uma armadilha. Nós damos mais atenção às tarefas urgentes e emergenciais e vamos deixando de lado nosso plano de desenvolvimento que, por muitas vezes, não é urgente e depende apenas da nossa vontade.
Quando queremos nos desenvolver, aprender e mudar, precisamos questionar práticas atuais e projetar o futuro. As duas coisas ao mesmo tempo.
Se desejar fazer isso agora, dou uma dica prática para você. Faça o seguinte: pegue uma folha de papel e uma caneta e trace uma linha vertical, de cima até embaixo bem no meio. Depois faça uma linha horizontal também no meio da folha. Ficará parecido com um sinal de “mais”.
O lado esquerdo será o espaço para analisar o presente e o lado direito do papel é para registrar o que desejamos para futuro.
No lado do presente, comece escrevendo de maneira bastante honesta como você é hoje.
No quadrante de cima, sugiro que liste todas as suas principais fortalezas, ou seja, seus pontos fortes que fazem de você um profissional diferenciado. Pode escrever suas qualidades, as habilidades e conhecimentos que possui e suas atitudes que merecem nota 10.
Em seguida, no quadrante embaixo desse que você preencheu, é importante destacar o que precisa aprimorar, ou seja, suas fragilidades. Escreva o que você reconhece que precisa ser melhorado. Quem sabe um comportamento que não é legal ou um conhecimento que realmente faz falta para você?
Se quiser, pode também ter uma conversa bem franca com os amigos que confia e com seu chefe para preencher esses dois espaços.
O lado do presente está pronto e ele será importante para sermos capazes de preencher o lado direito, que é o espaço do futuro.
Comece escrevendo no quadrante superior direito o que você busca para a sua carreira. Liste seus objetivos profissionais e não esqueça que eles devem estar relacionados com seu projeto de vida, afinal, a gestão da carreira deve ser sua e precisa ser algo que tenha a ver com sua essência e propósitos pessoais.
Não se limite a pensar em promoções ou mudança de cargos. Certamente você tem outros objetivos como, por exemplo, aprender algo novo, ter mais qualidade de vida no trabalho ou ter melhores relacionamentos com os colegas. Na verdade, esses objetivos são alicerces para as outras metas.
Não esqueça que crescer na carreira não é necessariamente mudar de título ou subir na hierarquia: é crescer em conhecimentos e atitudes como profissional e como pessoa. Realizar novos projetos e novas tarefas também é uma forma valiosa de desenvolver-se.
Por fim, no quadrante de baixo você vai escrever o que você precisa fazer para chegar lá. Observe que, para preencher bem esse último quadrante, é importante ter feito com qualidade os outros 3 espaços. Eles são etapas necessárias para essa última.
Coloque aí tudo o que você precisa aprender, desenvolver ou mesmo mudar em você. Pode listar os conhecimentos que precisa adquirir e o que precisa estudar mais. Liste também as habilidades e atitudes necessárias e, talvez, algumas crenças que você deve rever, principalmente se estiverem te atrapalhando a ir mais longe.
Faça esse exercício com dedicação e observe que ele vai ajudar bastante, mas, pouco adianta se você não tiver a cabeça aberta e autorresponsabilidade pelo seu desenvolvimento.
Na atualidade temos chamado isso de “mentalidade de crescimento”, que é quando acreditamos que nossas qualidades podem sempre ser cultivadas, o que nos leva a usar as críticas, as dificuldades e os desafios como ponto de partida para o desenvolvimento.
Ter esse tipo de mindset significa reconhecer que você é capaz de construir seu futuro e crescer como um protagonista.
Que tal ser assim e investir no seu autodesenvolvimento orientado para o presente e para o futuro?
MARCELO DE ELIAS é mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia, Gestão de Pessoas, formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores e pós-graduado em neurociências. Conteudista especialista em protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança.
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