fbpx

Blog

A Necessidade da Diversidade Cognitiva para a Inclusão e Inovação Empresarial

Isso aconteceu comigo quando era gerente de RH:

Eu estava entusiasmado com a minha ideia. Eu tinha certeza de que ela receberia a aprovação de todos.

Me preparei para fazer a apresentação de um projeto que desenvolvi ao longo de muito tempo. Esse trabalho me custou grande sacrifício e dedicação.

Eis que na reunião de lançamento do seu projeto, após minha empolgante explicação, alguém disse: “Eu não concordo! Acho que não vai funcionar”.

Responda honestamente: Qual seria a sua reação?

A minha, dentro da minha mente, não foi a das melhores. Me senti incompreendido e com uma pontinha de raiva, confesso! Fiquei pensando: “Por que chamei esse cara para a reunião?”

Respirei fundo e, em vez de argumentar para convencê-lo sobre minhas ideias, pedi que o colega me explicasse o que ele pensava sobre o assunto. Incrível! Ele tinha razão… (rsrs).

Resumindo a história: depois disso eu e ele conversamos bastante e, juntos, criamos um projeto muito melhor do que a minha ideia inicial. A razão é simples: o projeto foi criado por pessoas que pensam diferente!

Isso é o que chamamos de DIVERSIDADE COGNITIVA, que é a inclusão de pessoas com diferentes formas de pensar, diferentes pontos de vista e diferentes conjuntos de habilidades em grupo, gerando mais inovação.

Sim! A diversidade e a inclusão são temas bastante relevantes em todas as empresas e nas práticas ESG, mas, o que nem todos conseguem perceber é que a celebração das diferenças e a abertura ao pensamento divergente é algo essencial para a inovação.

Nesse pequeno vídeo eu falo mais sobre a relação da diversidade com a inovação:

Quanto mais pessoas enxergando por diferentes perspectivas, maior a probabilidade de uma ideia ser inovadora ou a solução ser mais ampla e completa. Sozinhos nem sempre é possível avaliar todos os riscos e oportunidades. Daí uma grande importância de celebrar as diferenças.

Líderes inclusivos têm mentalidade aberta e gostam de outras perspectivas para minimizar pontos cegos e melhorar as decisões, além de comportar-se de maneira respeitosa, ouvindo ativamente os outros e evitando julgamentos.

Na era atual, onde a velocidade da mudança é uma constante, e a concorrência atinge patamares nunca vistos, a inovação não é mais um luxo; é uma necessidade permanente para a sobrevivência e prosperidade das organizações.

Nesse contexto, a diversidade cognitiva emerge como a chave-mestra para desbloquear o potencial criativo e inovador que impulsiona o sucesso empresarial.

A diversidade cognitiva transcende as fronteiras tradicionais da diversidade, indo além de características visíveis e adentrando o território das mentes e ideias. É a inclusão de diferentes formas de pensar, pontos de vista e habilidades que alimenta a chama da inovação.

O mundo é construído sobre a diversidade, especialmente a diversidade de ideias e pensamentos. Aqueles que pensam de maneira diferente são fontes valiosas de aprendizado. Abrir-se para ouvir, ser vulnerável e compreender com empatia são práticas essenciais para a inovação sustentável.

Não podemos esquecer, entretanto, que os líderes desempenham um papel fundamental na promoção da diversidade cognitiva. Celebrar visões diferentes e receber confrontações são atitudes que não apenas fortalecem a sinergia da equipe, mas também cultivam um ambiente propício à inovação.

Líderes inclusivos reconhecem que o talento está em todas as formas e tamanhos, cores, etnias, personalidades e muito mais. A capacidade de liderar diante das diferenças é algo que devemos buscar desenvolver em nós e nos outros.

Incentivar a participação, o pensamento divergente e a colaboração criam um terreno fértil para a geração de ideias que podem revolucionar processos, produtos e modelos de negócios.

Nesse pequeno trecho de uma palestra para líderes, eu faço uso um dos modelos do “Design Thinking” para ilustrar a importância dos pensamentos divergente e convergente para a inovação:

Celebrar as diferenças não apenas impulsiona a inovação, mas também cria um ambiente mais produtivo, justo e diversificado. A pergunta fundamental para líderes e equipes é: Estamos verdadeiramente abertos para ouvir o diferente? A resposta pode determinar os caminhos e escolhas que levam a uma vida mais produtiva e inovadora.

Será que “respeitar as diferenças” é suficiente? Eu acho que não. Veja nesse trecho de uma palestra:

Ao reconhecer e abraçar a diversidade cognitiva, as organizações não apenas expandem suas capacidades inovadoras, mas também cultivam um terreno fértil para a inclusão, garantindo um futuro em que a inovação é uma constante, e a diversidade é celebrada.

Apesar dos benefícios evidentes, diversas barreiras podem obstruir o caminho para a celebração da diversidade cognitiva. Medo, reatividade, insegurança, necessidade de poder e preconceitos são obstáculos comuns. É imperativo superar essas barreiras para colher os frutos da inovação e construir uma cultura empresarial verdadeiramente inclusiva.

No entanto, um dos maiores vilões à inclusão é o que chamamos de “vieses inconscientes”. O psicólogo Daniel Kahneman, vencedor do Nobel de Economia, foi um dos estudiosos que contribuíram para o entendimento desse tema.

Em seu livro “Rápido e Devagar”, ele deixa claro que esse tipo de pensamento automático nos leva a raciocínios e decisões erradas.

“Os vieses inconscientes são tendências ou preconceitos de um indivíduo, tendo em vista seus julgamentos, pensamentos e ideias relacionados às experiências passadas ou visão pessoal de mundo.” – Daniel Kahneman

No caso da diversidade, os vieses podem ser perigosos, porque são paradigmas baseados em estereótipos de raça, classe social, etnia, idade, gênero, orientação sexual e outros.

Essas crenças foram incorporadas sem que percebamos e elas influenciam nosso comportamento de forma espontânea. Sem que a gente perceba, elas afetam as nossas atitudes.

Quando pensamos que: “mulher não serve para certo tipo de trabalho” ou, “para fazer isso tem que ser jovem” ou ainda “precisamos ouvir apenas os engenheiros que estudaram nas melhores universidades” estamos usando referências internas que, na absoluta maioria das vezes, não fazem sentido, apesar se sempre buscarmos explicações racionais para justificar esses preconceitos.

A mentalidade inclusiva é necessária para maximizar a diversidade nas empresas, entretanto, devemos ressaltar que “diversidade” é muito mais que os atributos “visíveis” como etnia, cor, idade, gênero, altura, peso e condição física. Ela inclui nossos valores, preferências, crenças, históricos, experiências, comportamentos, ideologia política, religião, formação, origem social, entre outros elementos.

Além da inovação, os ambientes inclusivos geram maior desempenho, mais motivação, melhor engajamento, aumentam a retenção e impactam positivamente o atendimento ao cliente.

Entretanto, para muitas pessoas, tornar-se um profissional com atitudes inclusivas não é tão fácil, pois isso exige quebra de paradigmas, revisão do sistema de crenças, autoanálise crítica, autoconsciência e mente aberta.

Para líderes parece ainda mais complexo, pois, a liderança inclusiva requer gestores que demonstrem humildade, reconhecem suas vulnerabilidades e entendem que vieses pessoais restringem o campo de visão e, consequentemente, reduzem a abertura aos pensamentos divergentes e à celebração das diferenças.

É preciso que a liderança não tenha medo de ser vulnerável.

Uma empresa inovadora tem a cultura da tentativa e erro. Se o medo de fracassar for muito grande e a falha for penalizada, haverá um impedimento de que muitas ideias em potencial sejam lançadas.

O receio de ser mal compreendido, ser exposto ao ridículo ou falhar limitam a inovação, a geração de boas ideias, a diversidade e a inclusão.

Em um podcast em que fui convidado para participar eu falei sobre isso:

Para ter a mentalidade aberta para a diversidade cognitiva, o primeiro passo é parar de negar os preconceitos e admitir que eles existem. Só assim será possível identificar nossas atitudes enviesadas e agir para evitá-las.

Quer desenvolver isso? Comece abraçando a diversidade e buscando pessoas diferentes para seus projetos e equipes. Celebre as ideias divergentes e procure legitimamente ouvir quem é diferente de vocês. Inclua e dê voz!

E mais: cuidado com as crenças enviesadas que estão atrapalhando seu relacionamento com as outras pessoas e evite criticar as opiniões apenas por serem diferentes. Afinal, é o pensamento diverso que gera as inovações e uma visão mais completa sobre as oportunidades, os problemas e as soluções.

Eu frequentemente sou chamado para contribuir com as empresas que querem aprimorar a cultura de inovação e diversidade.

Na minha palestra “DIVERSIDADE COGNITIVA: A INOVAÇÃO COM INCLUSÃO”, eu apresento reflexões sobre inovação, diversidade e inclusão, incentivando o acolhimento das diversas visões, pensamentos, experiências e vivências com um caminho para a criatividade coletiva e a inovação que engaja.

Entre em contato para saber mais: https://marcelodeelias.com.br/contato/

Marcelo de Elias em palestra para 700 líderes em Atibaia/SP

MARCELO DE ELIAS é mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia, Gestão de Pessoas, formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores e pós-graduado em neurociências. Conteudista especialista em liderança, protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança. Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.

Atende grandes clientes como GPA/ Pão de Açúcar, Cobasi, Leroy Merlin, SBT, Marisa, Carrefour, MSD/Merck, Elanco, Kawasaki, GM, Fiat, Raízen/Shell, DHL, Caixa, Bradesco, Unilever, Bettanin/InBetta, Sebrae, SESC, Sabesp, Banco da Amazônia, Justiça Federal, Ministério Público, INPE, entre outros de diversos segmentos.

Suas palestras têm o diferencial do “conteúdo com leveza”, onde o professor apresenta conteúdos altamente atualizados e inovadores, mas sempre com uma linguagem acessível para todos os públicos, dosando informações, inspirações, ideias, bom humor e boas histórias. Através de mensurações na metodologia NPS junto aos contratantes, o índice de recomendação é de 100%.

As palestras não são “produtos de prateleira”, mas sim, projetos 100% personalizados e customizados para cada realidade, considerando as necessidades a serem atendidas, a cultura do cliente e o perfil do público.

Quer saber mais sobre MARCELO DE ELIAS e como ele pode ajudar a sua empresa nos desafios relacionados às mudanças, inovações, liderança e protagonismo pessoal, clique aqui.

Se quiser saber mais sobre o que fazemos, conheça nosso media-kit.

Se desejar um orçamento sem compromisso ou entender mais sobre nossos trabalhos e em que podemos ajudar sua organização, entre em contato com nossa equipe por aqui.

Fonte da imagem: CANVA