Depois de tantos anos ajudando empresas em processos de mudança e cultura, já perdi a conta de quantas vezes ouvi: “Agora somos uma nova empresa!” Ou ainda: “Estamos passando por uma grande transformação!”
Na prática, o que mudou foi o nome do RH. Sai “Recursos Humanos”, entra “Pessoas & Cultura”, “Gente & Gestão” ou algum outro título moderno que parece saído de um workshop de branding. Mas, no dia a dia, o e-mail ainda começa com “Prezados Colaboradores”, o feedback continua sendo anual e a liderança segue tratando gente como recurso.
O nome mudou. A mentalidade, não.
É o rebranding da consciência corporativa: uma maquiagem sem cirurgia, uma tentativa estética de parecer diferente sem realmente ser.
E é justamente aí que mora a armadilha: confundir mudança de rótulo com mudança de realidade. As empresas redesenham organogramas, trocam nomenclaturas e criam slogans inspiradores, mas continuam operando com os mesmos comportamentos que as trouxeram até aqui. Mudam a fachada, mas não o fundamento.
A nova marca, o mesmo mindset
É impressionante como algumas empresas acreditam que uma “transformação cultural” começa com um evento e termina com um vídeo institucional cheio de frases bonitas e música inspiradora. Mas mudar o discurso sem mudar o comportamento é o mesmo que trocar o rótulo de um produto vencido.
Você pode pintar as paredes com os valores, mas se o líder continua gritando no corredor, nada mudou. Pode trocar o nome do setor de “Recursos Humanos” pra “Felicidade Corporativa”, mas se o RH continua sem poder de decisão, a cultura segue a mesma.
E pode até colocar o CEO no LinkedIn dizendo que “as pessoas estão no centro”, mas se a agenda dele continua focada só em resultados financeiros trimestrais, as pessoas estão no rodapé, não no centro.
Transformação não é PowerPoint
A verdadeira transformação cultural não cabe em um slide nem em um discurso de convenção. Ela acontece no invisível, no cotidiano. Na maneira como os líderes tratam as pessoas, nas conversas que são toleradas e nas que são silenciadas, nos comportamentos que são recompensados e nos que são ignorados.
Transformar é um verbo incômodo, porque exige coerência. E coerência dá trabalho.
Mas é justamente esse o ponto: não existe transformação organizacional sem transformação comportamental. E não existe mudança de comportamento sem desconforto, autocrítica e propósito real.
O teatro da mudança
Muitas empresas vivem um teatro de transformação. Tem cenário bonito, figurino moderno e um roteiro cheio de palavras da moda, mas, nos bastidores, o enredo é o mesmo: medo da punição, liderança autoritária, comunicação truncada e decisões tomadas por conveniência.
O mais curioso é que o público interno percebe. Os colaboradores sabem quando é espetáculo e quando é verdade. Eles sentem a diferença entre “somos inovadores” no discurso e “não dá pra mudar” na prática.
E quando percebem a contradição, o engajamento vai embora. Porque ninguém se motiva a representar eternamente uma peça ruim.
Mudança real tem cheiro de verdade
Transformar de verdade é mais caro… emocionalmente, inclusive. É admitir que a cultura atual não serve mais. É revisar rituais, quebrar privilégios, mexer em hierarquias e enfrentar conversas desconfortáveis.
É sair do PowerPoint e entrar no chão da empresa. É trocar o “vamos comunicar a mudança” por “vamos viver a mudança”. É entender que cultura não muda com decreto. Ela muda com decisão e constância.
Rebranding é fácil. Transformação é humana.
Mudar o nome é rápido. Mudar o comportamento é difícil. Mas só o segundo muda o futuro.
Já vi empresas gastarem fortunas em campanhas de posicionamento e nada em treinamento de liderança. É como trocar o uniforme e deixar o mesmo técnico. A torcida percebe. O mercado também.
Transformar exige coragem pra abandonar a vaidade de parecer moderno e abraçar a humildade de evoluir de verdade. E isso, convenhamos, não cabe em um post de lançamento.
A pergunta que incomoda
Depois de tanto tempo acompanhando empresas em processos de transformação, aprendi que a pergunta mais importante não é “o que vamos mudar”, mas “o que estamos dispostos a abandonar”.
Porque, no fim das contas, não é o novo nome que muda a cultura: são as novas atitudes que sustentam o nome.
E você, está transformando a empresa ou apenas reformando a fachada?
Você pode continuar acreditando em mudanças de fachada… Ou pode construir uma transformação de verdade. Da cultura ao comportamento.
As palestras que faço e os programas da Universidade da Mudança foram criados para líderes e empresas que querem fazer o discurso virar prática. Porque cultura não se muda com frases de efeito. Se muda com consistência, método e propósito.
Vamos transformar a sua empresa de dentro pra fora?
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MARCELO DE ELIAS é Linkedin Top Voice. Mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia (USP), Gestão de Pessoas (FGV), formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores (University of Tampa/EUA), I.A. para negócios (ISCTE/Lisboa – PT) e pós-graduado em neurociência e psicologia positiva (PUC).
Conteudista especialista em liderança, protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança. Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.
Atende grandes clientes como GPA/ Pão de Açúcar, Cobasi, Neoenergia, Leroy Merlin, SBT, Marisa, Carrefour, MSD/Merck, Elanco, Kawasaki, GM, Fiat, Raízen/Shell, DHL, Caixa, Bradesco, Unilever, Bettanin/InBetta, Sebrae, SESC, Sabesp, Banco da Amazônia, Justiça Federal, Ministério Público, INPE, Usiminas entre outros de diversos segmentos.
Através de mensurações na metodologia NPS junto aos contratantes, o índice de recomendação é de 100%. Top5 do CBTD, Top5 da KLA, Melhor palestrante de gestão de mudanças pela Associação Brasileira de Liderança.
As palestras não são “produtos de prateleira”, mas sim, projetos 100% personalizados e customizados para cada realidade, considerando as necessidades a serem atendidas, a cultura do cliente e o perfil do público.
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