Por Marcelo de Elias
Muitas organizações ainda acreditam que sua cultura “simplesmente acontece”. O erro é pensar que o comportamento coletivo se autorregula.
Sem intencionalidade, a cultura se forma por inércia e passa a ditar regras invisíveis, nem sempre coerentes com os valores e a estratégia. Construir cultura é decidir, com consciência, qual história a empresa quer contar através do seu jeito de ser.
Por que cultura não é consequência, mas construção
Cultura organizacional é o conjunto de valores, crenças, símbolos e comportamentos compartilhados que orientam o modo como as pessoas agem. Ela nasce das interações humanas, mas amadurece conforme a liderança a conduz.
O problema é que, quando deixada sem direção, a cultura tende a reproduzir o passado, ou seja, velhos hábitos, práticas defensivas e padrões de convivência que se perpetuam silenciosamente.
Sem intencionalidade, surgem microculturas desalinhadas com o propósito. O discurso oficial fala em inovação e colaboração, enquanto o cotidiano incentiva a aversão ao risco e o individualismo. Essa incoerência desgasta a confiança e mina o engajamento. O que parece harmonia, muitas vezes, é apenas conformismo.
Cultura é gestão, não sorte
Cuidar da cultura é cuidar da coerência entre o que a empresa diz e o que ela realmente faz.
A cultura precisa ser intencionalmente desenhada, comunicada e reforçada. Isso envolve escolhas conscientes:
- Quais valores sustentam o propósito?
- Quais comportamentos traduzem esses valores?
- Que práticas precisam ser abandonadas?
- Como a liderança reforça o que realmente importa?
Quando o RH e as lideranças assumem a cultura como sistema de gestão, ela deixa de ser um tema etéreo e passa a ter governança. Torna-se mensurável, visível e, sobretudo, estratégica.
Liderança: o espelho da cultura
Nenhuma cultura se sustenta apenas com campanhas ou manuais. Ela se consolida na prática diária. Cada decisão de um líder comunica o que é prioridade e o que é tolerado. Por isso, liderar é o ato mais simbólico dentro de uma organização: o líder é o porta-voz silencioso da cultura.
Ser coerente exige consistência entre discurso e atitude. Não basta declarar valores; é preciso vivê-los, especialmente nos momentos difíceis. Uma cultura forte não é rígida, mas estável. Mantém seus princípios e adapta suas práticas.
Como construir uma cultura intencional
- Diagnostique o presente Mapeie o que realmente é vivido, não apenas o que está escrito. Use pesquisas, entrevistas e observação de rituais.
- Defina o futuro desejado Determine qual cultura sustentará a estratégia e o propósito.
- Traduza valores em comportamentos Cada valor deve ter exemplos observáveis no cotidiano.
- Ajuste sistemas e políticas Reconhecimento, seleção e desempenho devem reforçar a cultura.
- Desenvolva lideranças coerentes Capacite líderes para serem espelhos da cultura desejada.
- Crie símbolos e rituais Eles mantêm viva a identidade organizacional.
- Meça e ajuste continuamente A cultura é dinâmica; precisa de monitoramento constante.
Cultura é o somatório de decisões repetidas ao longo do tempo. Quando a empresa escolhe ser intencional, passa a comandar o rumo dessas decisões. Deixar a cultura se formar sozinha é abdicar da chance de influenciar o que mais impacta os resultados: o comportamento das pessoas.
Quem não define sua cultura, acaba sendo definido por ela.
MARCELO DE ELIAS é Linkedin Top Voice. Mestre em inovação e design com MBAs em Estratégia (USP), Gestão de Pessoas (FGV), formação internacional em gestão da mudança em tempos desafiadores (University of Tampa/EUA) e pós-graduado em neurociência e psicologia positiva (PUC).
Conteudista especialista em liderança, protagonismo e gestão de mudanças, é professor da FGV, FDC e outras escolas de negócios. Escritor e fundador da Universidade da Mudança. Pioneiro no assunto “Inner Skills” no Brasil.
Atende grandes clientes como GPA/ Pão de Açúcar, Cobasi, Neoenergia, Leroy Merlin, SBT, Marisa, Carrefour, MSD/Merck, Elanco, Kawasaki, GM, Fiat, Raízen/Shell, DHL, Caixa, Bradesco, Unilever, Bettanin/InBetta, Sebrae, SESC, Sabesp, Banco da Amazônia, Justiça Federal, Ministério Público, INPE, Usiminas entre outros de diversos segmentos.
Através de mensurações na metodologia NPS junto aos contratantes, o índice de recomendação é de 100%. Top5 do CBTD, Top5 da KLA, Melhor palestrante de gestão de mudanças pela Associação Brasileira de Liderança.
As palestras não são “produtos de prateleira”, mas sim, projetos 100% personalizados e customizados para cada realidade, considerando as necessidades a serem atendidas, a cultura do cliente e o perfil do público.
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