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Como Será 2018? Informações Essenciais Para Planejar Suas Ações

2017 foi um ano muito difícil e de grandes desafios que serviram de aprendizado e reflexões profundas. Podemos dizer que algumas sequelas deixadas por esse período ainda vão se arrastar por algum tempo, especialmente na esfera política, econômica e na produção.

Mas como será 2018?

Entender o novo cenário é essencial para a tomada de decisões e planejar as ações em torno daquilo que se demonstra como fortes tendências econômicas, sociais e empresariais.

As ideias que estão mudando o mundo e que vão influenciar 2018

A revista Exame de agosto de 2017 afirmou que “existem acontecimentos que alteram o curso da história mundial. A queda do Muro de Berlim. Os ataques de 11 de setembro. A crise de 2008. Outras mudanças históricas, no entanto, não são tão perceptíveis, mas podem ter um impacto tão substancial quanto o desses eventos na forma como a economia, a sociedade e a política estão organizadas. Vivemos em 2017 um desses momentos excepcionais de ruptura histórica. É um tempo em que as maiores economias já não crescem como nas décadas passadas. O avanço da tecnologia dificulta a geração de empregos. Como consequência, há um aumento da desigualdade social, o que leva à ascensão de políticos populistas. Num cenário de insatisfação e incerteza, ideias ultrapassadas, como o protecionismo, ganham adeptos”.

Essa afirmação dos jornalistas da Exame se dá após 4 meses de pesquisa onde se entrevistou dezenas de economistas, cientistas políticos, empresários e outros especialistas para entender aonde esses embates nos levarão. O resultado é um conjunto sete tendências globais que estão mudando o mundo.

Os resumos a seguir das 7 tendências foram retirados e adaptados da Revista Exame, protagonista desse estudo. São elas:

  • O populismo e a ameaça à democracia através de atitudes autoritárias – A maioria dos políticos populistas faz promessas de grandes mudanças nas campanhas eleitorais, época em que também é comum ouvir ataques às elites. Todos os que podem tentam uma conexão direta com o eleitorado, via rádio, TV e redes sociais. Não é incomum que depois se autoproclamem a voz do povo. E todos os que têm carisma não se inibem em esbanjá-lo na tentativa de conquistar mais votos. Para os populistas, os oponentes são todos os representantes de uma elite podre e corrupta. Quem entende “o povo” são eles (ou elas) O risco está nas constantes ações autoritárias advindas desse tipo de governo. Os governantes populistas não costumam economizar em suas manifestações antiplurais, nem no desrespeito a seus opositores políticos.
  • O avanço do protecionismo – Essa é a parte mais visível de uma marcha a ré da globalização. Em 2016, o comércio global aumentou apenas 2%, a pior taxa desde 2008. De acordo com o Banco Mundial, a desaceleração das trocas comerciais não é algo novo e tem entre suas causas o ritmo lento da economia mundial. Mas, pelo menos desde 2016, há um fator a mais inibindo o comércio: o protecionismo. O advento da “desglobalização” aparentemente incentiva a economia local, o que pode ser bom por alguns aspectos, mas, sabemos as nações não são autossustentáveis e precisam de insumos ou tecnologias advindas do comércio mundial. Fechar as portas também pode ser perigoso.
  • A economia em marcha lenta – independente do Brasil que tem seus altos e baixos a economia mundial demonstra uma desaceleração generalizada. Uma das teorias que tentam explicar o que está ocorrendo nas economias ricas parte de uma questão financeira: os países se endividaram tanto antes de 2008 que têm imensa dificuldade de sair dessa situação. E, quanto mais longo for esse período de crescimento baixo, mais tende a se tornar um problema estrutural. Há outro bloco de teses que explicam a perda de gás da economia por fatores que levam à redução da necessidade de investimento das empresas, entre eles as mudanças demográficas e o avanço da tecnologia e das comunicações. Por esse raciocínio, se o crescimento é mais fraco, as pessoas tendem a se prevenir, poupando mais e consumindo menos. Esse balanço de investimento menor e poupança maior faz o juro, que equilibra a oferta e a demanda, cair. No limite, o juro pode se tornar negativo, como ocorre no Japão e na zona do euro.
  • A sociedade mais desigual – Nos EUA, as famílias no alto da pirâmide (os 10% mais ricos) têm nove vezes a renda das 90% restantes, em média. No topo, a diferença é ainda mais gritante: o 1% dos americanos mais ricos tem renda média 38 vezes maior do que a desses outros 90%. Somente um século atrás, às vésperas da Grande Depressão, houve tamanha concentração de riqueza nos Estados Unidos. Desigualdade é um problema potencial até mesmo na China comunista, segundo um estudo publicado no fim do ano passado por um grupo de cinco autores, entre os quais o francês Thomas Piketty, famoso por seu trabalho relativo ao tema. No fim da década de 70, os 10% chineses mais ricos detinham cerca de 25% da riqueza do país; em 2015, o percentual subiu para 40%, um índice de concentração superior ao da França. Qual é a explicação para tamanha desigualdade em um mundo cada vez mais tecnologicamente avançado, mais produtivo e mais rico? Os motivos são muitos — e controversos —, mas existem algumas unanimidades. Uma delas é a transformação do trabalho.
  • O futuro do trabalho – O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se acelerando nas empresas. Para os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas pelas pessoas são repetitivas.
  • A cruzada anticorrupção – No Brasil e no mundo, políticos e empresários envolvidos em escândalos de corrupção são confrontados numa escala jamais vista nas últimas décadas. As leis contra a corrupção ficaram mais duras. Os juízes estão mais rigorosos. Os procuradores têm mais meios para investigar os casos suspeitos. E a população hoje é mais bem informada e reage instantaneamente — nas redes sociais ou nas ruas — aos escândalos envolvendo figuras públicas. Na América Latina, na Europa e em algumas regiões da Ásia, essa é a nova realidade da política.
  • A nova batalha ambiental – Já não é de hoje a preocupação com o meio ambiente. E mais que um discurso dos defensores ambientalistas, de fato, o assunto virou questão de sobrevivência da Terra, das pessoas e da economia, os recursos estão cada vez mais escassos e consequentemente mais caros. A busca por alternativas eco sustentáveis hoje passa pelas discussões sobre o lucro das empresas.

 

O Cenário Político-Econômico será volátil

Todos os especialistas afirmam que o cenário político que se desenha em torno das eleições presidenciais é que vai determinar as expectativas e rumos de atividades econômicas e financeiras, e, consequentemente, o ritmo das empresas e as oportunidades de emprego.

As reformas prometidas pelo governo no sistema tributário e previdenciário também terão papel importante neste desenho de como será 2018 pela perspectiva dos investidores e empresários.

Porém, podemos esperar um ano bastante “volátil” devido às incertezas geradas ao futuro do país em decorrência do andamento das estratégias eleitorais. Tudo indica que as eleições não serão tão comuns, mas sim, uma guerra.

Em um cenário incerto e com grande volatilidade os investimentos como câmbio e bolsa podem ter oscilação ainda maior, o que requer sangue frio para investir, especialmente se considerarmos o grande poder que as redes sociais têm de criar boataria e desinformação, causando ainda mais receio no pequeno investidor ou naqueles mais conservadores. É importante filtrar as informações para não tomar posições e atitudes reativas, mudando a estratégia de investimento ao ritmo dos boatos e notícias.

O ano da virada?

Tudo indica que 2018 será melhor que 2017 em relação à economia e oportunidades de negócios, mas, a retomada do crescimento e a saída da crise será lenta e com números cautelosos. Considerando o cenário negativo que estamos vivendo, podemos acreditar que a evolução será positiva e aumentará o nível de entusiasmo e confiança nos empresários e trabalhadores, mas nada comparado com os bons momentos vividos em 2012 e 2013. Os economistas dizem que o ano de 2018 será parecido com o ano de 2010, quando vivemos um momento positivo da economia, mas sem grandes saltos.

Tradicionalmente, em anos eleitorais e Copa do Mundo a economia tende a ter algum aquecimento, o que pode ajudar, mas entendemos que o empresariado e o profissionais não deve contar apenas com esses fatores e esperarem as mudanças. Devem ser protagonistas de ações mais efetivas em direção ao futuro e aos resultados sustentáveis.

Os Indicadores do Brasil em 2018

Segundo a pesquisa do Boletim Focus, uma publicação semanal na qual o Banco Central reúne as projeções de cerca de 100 economistas para os principais indicadores do País, pode haver mais espaço para queda de juros no País. Os especialistas projetam que a Selic deve cair mais no próximo ano, para 6,75% ao ano. Atualmente, a taxa está em 7% ao ano.

As expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) também melhoraram. Acredita-se que esse número estará na casa dos 2,5% a 2,7%, que é bem melhor que 2017 que deve fechar abaixo do 1%.

O cenário para inflação também é favorável para os consumidores e mostra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode fechar 2018 abaixo de 4%.

No começo de 2017 cerca de 14,2 milhões de brasileiros estavam fora do mercado de trabalho formal, o que representava 13,7% da população. Pesquisas mais recentes mostram que o número diminuiu e o terceiro trimestre de 2017 fechou com a taxa de desemprego na casa dos 12,4% – a menor do ano, representando cerca de 12,7 milhões de brasileiros sem trabalho formal. Apesar do número ainda ser muito alto, demonstra um ritmo de melhoria que deve continuar em 2018.

Alguns economistas dizem que o ano de 2018 deve terminar com a taxa de desemprego entre 8,5% e 9%.

A retomada dos empregos sempre gera duas situações típicas: Um cuidado muito grande ao contratar, ou seja, as empresas são ainda mais exigentes em relação ao perfil, formação e experiência do candidato e também propostas de salários menores que a média paga antes da crise, visto que provavelmente as empresas encontrarão pessoas à procura de empregos dispostas a receber relativamente menos do que recebiam quando estavam empregadas.

As Tecnologias e o Admirável Mundo Novo

Algumas inovações que ainda estão em estágio de desenvolvimento serão muito reais até 2050. Algumas parecem filmes de ficção científica, mas a história dos acontecimentos do mundo e a exponencial capacidade criativa das pessoas e empresas nos faz acreditar que realmente vão acontecer.

Algumas delas ainda estão um pouco distantes enquanto que outras já estão por aí, mas, todas elas terão avanços consideráveis em 2018:

  • Ascenção da Energia Solar – De acordo com pesquisas da Agência Internacional de Energia (IEA), é esperado que até 2050 os painéis solares sejam capazes de gerar 27% da energia total do mundo, tornando-se assim a nossa principal fonte de energia no planeta.
  • Internet das Coisas Permite criar sistemas de monitoramentos inteligentes, atualizados em tempo real. Mas para ela se tornar realidade, é necessário que a internet esteja muito mais presente em nossas vidas do que hoje. Como o custo dos sensores tem diminuído e a demanda por eles tem aumentado, é cogitado que até 2025 mais de 1 trilhão de sensores se conectem à internet.
  • Indústria 4.0 – A produção inteligente e conectada é a base das máquinas integradas, que trocam informações entre si e permitem, por exemplo, interromper a produção em caso de erro.
  • O Planeta Conectado – É esperado que até 2050 praticamente todas as pessoas do mundo se conectem facilmente à internet. Indivíduos de países em desenvolvimento estão entrando em contato pela primeira vez com a rede através de smartphones e de tablets, e não pelos computadores. Atualmente, aproximadamente 40% da população mundial tem acesso à web.
  • Órgãos artificiais – Em 30 anos não será necessário esperar alguém morrer para você receber um órgão novo, pois eles serão fabricados nos próprios laboratórios. O mais impressionante é que a tecnologia das impressoras 3D também pode entrar nesse procedimento, pois os cientistas poderão utilizar as células-tronco de um paciente para criar um órgão preciso e específico para ele.
  • Popularização dos Carros Autônomos e Elétricos Os pesquisadores dizem que a grande maioria dos automóveis autônomos não terá nenhum comando realizado por seres humanos em 2035. Os veículos que se dirigem serão mais seguros e poderão eliminar os riscos de acidentes por erro humano, que passam da marca dos 90%. Os carros elétricos também serão bem mais comuns em alguns anos.
  • Utilização ampla da Inteligência Artificial e Big Data– Sistemas capazes de lidar com grande volume de informações e dados e também de aprender sozinhos serão cada vez mais comuns, inclusive no atendimento a clientes.
  • Nanotecnologia – Permite aumentar os resultados dos medicamentos, cosméticos e criar tecidos inteligentes para roupas, capazes de absorver suor, repelir insetos e hidratar a pele.

 

As oportunidades de Negócio no Novo Cenário

Considerando vários aspectos sociais, econômicos e tecnológicos, podemos compreender que alguns negócios tenderão a ter mais sucesso em 2018 e no futuro um pouco mais ampliado, independente do setor ou porte da empresa, algumas tendências apontam para o que o cliente vai valorizar daqui para frente. Chamei de “Os 5 Cs dos Negócios de Sucesso:

  • Customização – Negócios de sucesso tratam o cliente de forma pessoal e não massificada. Entender o que o cliente quer e propor as soluções são fatores essenciais.
  • Conveniência – As pessoas querem tudo na mão, sem dificuldades para comprar, decidir e receber. É necessário investir na experiência do usuário a fim de facilitar os processos.
  • Conteúdo – A tática de “empurrar” propagandas de produtos ou serviços a qualquer custo para as pessoas já está com os dias contados. É por isso que o caminho que mais tem chamado a atenção dos clientes é gerando conteúdos interessantes para o cliente. A ideia é compartilhar conhecimento, informações, dicas e, consequentemente, demonstrar mais autoridade sobre o assunto além de conquistar a simpatia e confiança.
  • Curadoria – Apesar do cliente hoje valorizar a liberdade para decidir, em um mundo tão complexo e com tantas informações e opções disponíveis, as pessoas querem alguém que ajude a entender as oportunidades e selecionar o que vale mais a pena. Isso serve para negócios com serviços de assinatura, aprendizado, entre outros.
  • Cativação – Cativar o cliente é uma grande estratégia e isso se faz através da experiência que se proporciona a ele durante os contatos com a empresa, proporcionando a ele a experiência que o marque positivamente, com atenção aos detalhes, superação de expectativas e atendimento impecável. Gerar um sentimento positivo é um caminho muito eficaz para conquistar a lealdade e buscar o relacionamento.

Mas por onde começar?  Nada melhor que começar criando empatia com o cliente ou com os potenciais clientes. Isso significa perceber qual é o “foco do cliente” e se organizar para ajudá-lo a resolver seus problemas, necessidades e desejos. É importante descobrir quais são as dores e necessidades de ganhos de quem compra para então a empresa ter condições de apoiar o cliente em suas reais demandas. A era do “foco no cliente” está acabando.  O importante agora não é focar no que eu quero dele, mas sim, no que ele pode querer de mim. Vende mais quem faz mais pelo cliente e conquista a confiança dele. Isso só acontece se nos interessarmos legitimamente pela sua história, sonhos, anseios e problemas.

 

Quais as competências essenciais para o novo cenário?

No mundo em transição, como será 2018, novas competências pessoais surgem como determinantes para a sobrevivência nas empresas. Desenvolver essas habilidades são condições de sucesso para o futuro. Hoje, apesar de parecerem um pouco distante da realidade cotidiana, elas são fatores diferenciais na atualidade, mas, que, em pouco tempo, serão comuns e necessárias.

Além das competências tradicionais como negociação, visão sistêmica, foco em resultado, criatividade, entre outras, as novas competências compõem um conjunto de conhecimentos, práticas e atitudes altamente alinhados com um mundo em disrupção. São elas:

  • Adaptabilidade Proativa – Identificar as oportunidades e desafios do futuro e, a partir de então ser capaz de adaptar-se para os novos cenários.
  • Resiliência Evolutiva – Resistir às dificuldades, aprender com as experiências, entender as oportunidades de desenvolvimento e ser melhor, evoluindo a cada novo desafio.
  • Liderança por Propósitos – O líder deve ser um incentivador de propósitos, um fomentador de causas e um exemplo dos valores que devem ser compartilhados nas equipes.
  • Cultura Digital – Criar, engajar e nutrir redes de negócios ou mudanças sociais através do uso inteligente de mídia eletrônica e dos recursos digitais.
  • Cocriação e Prototipagem Rápida – Explorar sua criatividade para construir e desenvolver coisas novas, bem como se conectar com outras pessoas e testar velozmente, errando rápido para aprender rápido.
  • Empatia multifocal – Colocar-se no lugar “dos outros” sabendo que cada parte envolvida pode ter visão, desejos e necessidades radicalmente diferentes.
  • Solução da Complexidade – Não dogmatizar soluções e ser criativo diante das incertezas através do pensamento menos linear, mais disruptivo e com relações interdependentes.
  • Fazer menos e melhor – Ter muito foco e propósito para saber identificar quais ações realmente valem a pena. A regra para fazer melhor é simples: “Fazer menos”.
  • Agilidade não apressada – Ser rápido mas agir com planejamento, compreensão, diagnóstico e interpretação do cenário, riscos e impactos.
  • Recapacitação (Reskilling) – Desenvolver-se em tempo real, abrindo mão das velhas certezas e vivenciando o papel de um eterno aprendiz, deixando para trás os velhos pressupostos e convicções.

 

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